quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Magras Não Sofrem Gordofobia!

 Pessoas magras não sofrem gordofobia, pessoas magras sofrem pressão estética 
Eu sei que muita gente tem dificuldade de diferenciar as duas coisas, então vamos lá.
Vou me usar de exemplo, ok?
Glainá com 18 anos pesando 130kg, essa Glainá sofreu gordofobia. E não tem a ver com "gorda maior" "gorda menor". Tem a ver com a Glainá que perdeu oportunidades de emprego em decorrência do peso. Tem a ver com Glainá não poder sentar em qualquer cadeira, não ser acolhida corretamente e confortavelmente em locais, cadeiras, roletas e espaços públicos como cinema, por exemplo.
A Glainá que sofreu gordofobia é a Glainá que teve atendimento médico negligenciado ao admitirem que qualquer problema que ela tinha era em decorrência do peso, deixando de procurar as verdadeiras causas. E isso é extremamente perigoso. Isso mata.
A Glainá que sofre gordofobia é a Glainá que era patologizada por ser gorda e só.
A Glainá com 83kg, apesar do 1,58 de altura, essa Glainá não sofre gordofobia mais. Essa Glainá ainda vai ser chamada de gorda, ainda nao vai encontrar tudo que gostaria de vestir, ainda vai ser alvo de comentários e preconceitos. Mas essa Glainá sofre PRESSÃO ESTÉTICA, a mesma pressão que sofreu a Miss Canadá.
Essa pressão atinge mulheres de todas as idades e tamanhos pq nós somos forçadas a conviver em ambientes que não aceitam uma ruga, uma barriga ou celulite sem que isso seja apontado como defeito.
A pressão estética é o que faz a Miss Canadá com um corpo padrão ser chamada de gorda. É a pressão estética que faz mulheres tirarem pedaços da bochecha pra ficar com rosto mais fino, preencher lábios e levantar sobrancelha. É a mesma pressão estética que faz as musas fitness no Instagram serem tidas como deusas, abusarem do photoshop pq não se sentem confortáveis na própria pele.
É o pânico de ser humano. Pq não existe nada mais humano do que nossas características naturais.
Gordofobia é mais do que sua família fazendo piada de gorda ou não achar roupinha na Renner.  E tá tudo bem você já ter se confundido, quem nunca? Eu mesma já questionei a linha divisória das duas coisas.
Mas nunca é tarde pra entender uma luta, mesmo que ela não seja sua.







Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
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domingo, 12 de fevereiro de 2017

Faces da Gordofobia


Watch video on YouTube here: https://youtu.be/YuypZURiL7A
via Canal GorDivah No Ar






Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
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O grupo de rock formado por freiras que já fez show para o papa












Uma banda de rock peruana composta totalmente por freiras virou uma sensação na internet - elas já se apresentaram até para o papa Francisco.
Segundo a irmã Mônica Nobl, o grupo musical, chamado Siervas ("Servas" em espanhol), se formou em um convento em Lima.
Conversando sobre música, as freiras perceberam que várias delas sabiam tocar diferentes instrumentos.
“As pessoas se esquecem de que as freiras eram pessoas normais antes de se tornarem freiras. Nós somos como você, nós ouvimos música pop e rock a vida toda”, disse a religiosa.
A banda compôs músicas e gravou vídeos que viralizaram - para encontrá-la nas redes sociais, basta procurar por @SiervasMusica.
As freiras se apresentaram para o papa Francisco durante uma visita dele ao México.
Depois disso, passaram a receber convites para se apresentar em diversos países.
“Nós vamos para onde Deus aponta. Não temos planos preestabelecidos”, contou a irmã Mônica Bobl.























Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
Snap: gordivah

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

#GordasPodemTudo


Watch video on YouTube here: https://youtu.be/pe99JenJ6DU
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Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
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'"A intensidade do sofrimento dos pacientes com chikungunya para mim foi uma surpresa, mesmo que a literatura já falasse disso" diz especialista

Dolorosa e duradoura, 'chikungunya vai ser surpresa maior que zika’, diz pesquisador



Pacientes com chikungunya, zika e dengue são atendidos em Monteiro (PB), em fevereiro de 2016





Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
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Image captionEm até 50% dos casos de chikungunya, pacientes ficam com dores crônicas e incapacitantes por meses ou anos

O pesquisador Carlos Brito, primeiro a levantar a hipótese de relação entre zika e microcefalia em Pernambuco, continua preocupado.
Apesar da chegada do inverno, quando diminuem os ataques do mosquito Aedes aegypti - transmissor de dengue, zika e chikungunya -, ele aposta que as doenças continuarão sendo a principal fonte de problemas para o governo do presidente interino Michel Temer.
E o impacto maior pode vir de onde menos se espera.
Segundo Brito, cientista da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e membro do Comitê Técnico de Aboviroses do Ministério da Saúde, onde atua como consultor, a dispersão da febre chikungunya pelo Nordeste tem deixado um rastro de adultos e idosos com dores crônicas graves que sobrecarrega os serviços de saúde, já impossibilitados de atender a demanda normal.
"O grande desafio para o governo serão essas grandes epidemias. Ainda não sabemos a dimensão do que vai acontecer com a epidemia de zika em outras regiões do país", disse à BBC Brasil.
"Mas a chikungunya vai trazer mais surpresas do que a própria zika e a dengue. Como pesquisador, tenho ficado impressionado com seus efeitos."
Enquanto a dengue é capaz de atingir cerca de 5 a 10% de uma população, a chamada "taxa de ataque" da chikungunya pode chegar a 50%, avalia Brito. A zika, cujo percentual de atingidos ainda é desconhecido, deve ficar entre as duas, ele estima.

Números subestimados

De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde, já são mais de 64 mil notificações de casos de chikungunya até 23 de abril de 2016, contra 38 mil em 2015. Mais de 11 mil casos foram confirmados em todo o país.
Brito, no entanto, diz acreditar que os números são muito maiores.
"Pernambuco, por exemplo, está dizendo que o maior número de casos este ano é de dengue, mas nós vemos pouquíssima dengue na prática. O maior número é de chikungunya, e há uma subnotificação impressionante por uma série de razões, incluindo despreparo dos profissionais para fazer as notificações de forma correta", afirma.
"Com três vírus circulando no país, o modelo da vigilância epidemiológica não consegue ser mais fiel à verdadeira situação da epidemia."




Até o dia 24 de maio, Pernambuco registrou mais de 30 mil casos notificados de chikungunya e cerca de 75 mil de dengue, segundo a Secretaria de Saúde do Estado.
"Quando começaram a aparecer os casos de microcefalia em Pernambuco, o Estado tinha 4 casos notificados de zika e 120 mil de dengue. Destes, provavelmente cerca de 90 mil eram zika. O mesmo deve estar acontecendo agora com a chikungunya."
Em fevereiro, a reportagem da BBC Brasil visitou Vitória de Santo Antão, a 60 km de Recife, e encontrou emergências hospitais e postos de saúde superlotados com pacientes de arboviroses (grupo que inclui as doenças transmitidas por mosquitos) - o Estado estava no meio de seu primeiro surto de chikungunya.
Em bairros da cidade, moradores relatavam a rapidez com que a doença se espalhou por famílias e ruas.
"Já passamos do surto, mas os próprios pacientes do interior brincam dizendo que saem nas ruas e parece que estão em uma cidade de múmias, porque as pessoas andam com dificuldade", afirma Brito.



Aedes aegyptiDireito de imagemAFP
Image captionVírus foi trazido por funcionário da construção civil que veio de Angola para visitar a família na Bahia em 2014

Impacto

Ao contrário do que ocorre com a zika, ainda não há evidências de que o vírus da chikungunya seja transmitido da mãe para os bebês durante a gravidez, segundo o Ministério da Saúde. No entanto, a doença tem suas próprias peculiaridades.
Em seus primeiros dez dias, os sintomas costumam ser febres, fortes dores e inchaço nas articulações dos pés e das mãos. Em alguns casos, ocorrem também manchas vermelhas no corpo.
Mas mesmo com o fim da viremia - período em que o vírus circula no sangue - a dor e o inchaço causados pela doença podem retornar ou permanecer durante cerca de três meses. Em cerca de 40% dos casos, eles tornam-se crônicos e podem permanecer por anos.
"A intensidade do sofrimento dos pacientes para mim foi uma surpresa, mesmo que a literatura já falasse disso", diz Brito.
"São pessoas que podem ficar meses sem conseguir trabalhar, com dores muito intensas que não melhoram com analgésicos habituais como dipirona e paracetamol", continua.
"Elas têm dificuldade de andar, de pentear o cabelo, de tomar banho sozinhas. E isso acontece na parte produtiva da vida, porque a maioria dos acometidos são adultos e idosos. Então além do impacto na qualidade de vida, há também um impacto econômico de dimensão ainda não calculada."






quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Depoimento: 'Não sou mais a mesma pessoa'


Conceição Carneiro: 'Já não conseguia escrever, não conseguia sentar, nem andar, nem ir ao banheiro. Parecia que meu corpo estava paralizado pela dor'

Peguei chikungunya em setembro de 2014, quando a epidemia começou em Feira de Santana. Tive febre, dores no corpo e fiquei uma semana afastada com o mal estar. Na época, não fiz o exame sorológico. Me recuperei, mas continuei tendo inchaço no corpo, principalmente as pernas, com frequência. Fiz diversos exames com especialistas, porque não imaginei que fosse da chikungunya.
Em setembro de 2015, eu passei a sentir dores muito fortes. Já não conseguia escrever, não conseguia sentar, nem andar, nem ir ao banheiro. Parecia que meu corpo estava paralisado pela dor. Fiquei internada por dois dias e a sorologia identificou o vírus.
Desde então, eu não tenho mais vida social. Às vezes sento e não consigo me levantar. Tem dias em que não consigo ir ao trabalho. Não calço mais salto alto, não abaixo mais para pegar nada no chão. Acordo à noite sentindo dores, dormência nas mãos, cãimbra nas pernas, não durmo bem.
Eu perdi todas as roupas porque ganhei cerca de 18 quilos. Não consigo fazer atividades físicas. Já tentei pilates, hidroginástica, caminhada, mas não aguento, porque os nervos estão inflamados. A medicação que tomo é forte e eu não vejo muito resultado. A médica me disse que tenho que tomar por tempo indeterminado, porque não sabemos quando ficarei bem.
Não consigo mais ir a festas porque não aguento ficar em pé nem sentada por muito tempo. Só a gente não poder se arrumar como quer já mexe com a autoestima. Não uso mais anéis, porque os dedos começam a inchar.
Antes eu morava sozinha e era independente, mas hoje moro com minha sobrinha porque não consigo fazer muita coisa. Não consigo pegar uma garrafa térmica para colocar o café na xícara. Minhas mãos não a sustentam.
Pedi auxílio-doença no INSS em outubro, com os relatórios das médicas. Mas foi no período em que os peritos estavam em greve. Então eu fiquei sem receber meu salário nem o auxílio durante 3 meses. Passei dificuldade financeira, foi minha família que me deu suporte. Em janeiro eu tive que voltar ao trabalho, mesmo sem condições.
A sensação que a gente tem é de ser um robô, uma múmia, o corcunda de Notre Dame. Por pouco não fiquei deprimida. Tomei antidepressivos por quatro meses porque as médicas perceberam alterações no meu humor.
Tem dias em que você acorda mais animada, mas aí vem aquela sensação de desgaste físico como se você tivesse corrido uma maratona. Não sou mais a mesma pessoa. Ando pelas ruas me segurando nas paredes.
Conceição Carneiro, de 40 anos, é assistente social e mora em Feira de Santana, na Bahia











Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A História Não Contada da Amanda, por sua irmã

Abaixo as palavras da irmã da Amanda, Cláudia Mendes, contando a história que deveria ter sido contada e não foi.
É por relatos como este que precisamos que TODAS nós comecem a acordar e se unir na luta contra a gordofobia, porque gordofobia vai além do bullying, gordofobia também é ter seu espaço físico negado na sociedade, gordofobia também é você precisar de uma cadeira de estudante maior para estudar na escola ou faculdade e não encontrar. Gordofobia é você ser impedido de realizar um concurso pois não sabe se vai haver uma carteira de estudante que caiba em você! Quantas histórias assim você ainda vai ter que ler pra acordar e perceber que a luta contra a gordofobia precisa de você? A gordofobia mata! O descaso da sociedade também!

Relato da irmã da Amanda:
"Poucos sabem a história da Amanda, e hoje eu vou contá-la. Amanda sempre foi uma criança gordinha, gordinha e muito alegre. Boa de coração e cheia de alegria. Amanda começou a sofrer preconceito à partir dos 7 anos. As crianças da sala dela não aceitavam a minha irmã porque ela era gordinha.
Amanda não podia sentar na mesma mesa das meninas na hora do lanche, não podia ser do mesmo grupo nas brincadeiras na hora do parquinho e da educação física, e muito menos conviver junto na sala de aula. Amanda foi uma criança excluída pelas meninas. E os meninos? Ah os meninos batiam nela, por diversas vezes Amanda chegou em casa machucada, espancada, com as perninhas roxas. Em uma das vezes que ela nos contou de mais um dia terrível de aula, ela nos disse que desceu pro lanche e quando subiu suas coisas estavam rasgadas e no chão da sala. Rasgaram tudo, seu caderninho, seu estojo, sua mochilinha. Estava tudo rasgado no chão.
Os apelidos? Eram vários, de todos os tipos. Até alguns professores já apelidaram a minha irmã. Muitas vezes eu escutei dos meus parentes na frente dela: “Olha, Mayara, você está engordando, vai ficar igual a sua irmã.” Como isso a machucava. Já passou por várias escolas e nunca foi aceita como uma pessoa normal. No ano passado, ela não foi fazer a prova do Enem por vergonha de não caber na cadeira e todos rirem dela.
Na escola, ela tinha que escolher algumas cadeiras que ela conseguia sentar, com bastante dificuldade e muita vergonha de todos. As pessoas sempre a discriminaram. As pessoas olhavam a minha irmã de uma forma diferente. Ela sentia vergonha de tudo, ela não ia ao shopping à noite por vergonha das pessoas. Ela não segurava sua bandejinha de lanche. Ela não ia ao mar, e fazia muito tempo que ela não sabia nem como era pisar na areia.
Amanda nunca soube o que era entrar em uma loja e escolher a roupa que ela queria. Nessa virada de ano, ela passou com uma blusinha branca e um short. Ela queria um vestido, mas não tinha o tamanho dela. Ela me perguntou se estava bonita e eu respondi que ela estava linda, logo em seguida eu escutei mais uma das frases doídas que sempre saíam dela “Irmã, eu não gostei dessa roupa, estou me sentindo muito feia. Mas era a única que cabia em mim.”
Nós tentamos de tudo com a Amanda, médicos, dietas, remédios, atividades físicas. Nada foi capaz de conter o peso dela. O peso dela nunca estabilizou, ela engordava cada vez mais. Optamos pela cirurgia, depois de pensar muito, e chegamos a conclusão de que essa era a única saída. Ela estava tão feliz, tão feliz… “Eu vou ficar bonita, as pessoas vão gostar de mim”
“Esse sofrimento vai acabar, irmã.” “Eu vou vestir 38.” Ela me falava tantas coisas…
Ela operou com o DR. GUSTAVO CUNHA. Ela ia fazer com o Dr. Carlos Gicovate, mas em uma das reuniões para pacientes bariátricos na clínica PLENUS ela se encantou com o Dr. GUSTAVO CUNHA, e resolveu fazer com ele. Disse que ele era muito simpático e que ela queria fazer com ele.
No dia 17 de janeiro a minha irmã fez a cirurgia. Assim que ela voltou para o quarto reclamou de uma dor na perna. A minha mãe notificou aos enfermeiros dessa dor, e o Dr. Gustavo pediu que aplicasse uma dose do anticoagulante e no dia seguinte aplicasse mais uma dose. A minha mãe conversou com ele e disse que ela tinha genética para trombose e perguntou se não seria necessário mais doses do anticoagulante e ele disse que não seria necessário.
No dia 27 de janeiro a minha irmã sentiu uma dor muito forte na barriga e levamos ela às pressas para o beda, chegando lá ele fez uma tomografia e disse que estava tudo bem. A minha irmã estava com falta de ar, estava morrendo de dor, e ele pediu pra diminuir a dosagem do remédio para dor. Ele conversou com a minha mãe e disse que achava que a dor era psicológica. Ele internou ela e disse que se a dor persistisse ele iria fazer uma nova cirurgia no dia seguinte para investigar o que estava acontecendo.
A minha irmã estava com dor e segurava as mãos da minha mãe dizendo que a dor não era psicológica, e os enfermeiros diziam que só podiam seguir o que o Dr. Gustavo disse para fazer. Às 3h do dia 28, a minha mãe acordou e a minha irmã não conseguia respirar, estava sufocada, não consegui falar. Só olhava para minha mãe desesperada. A minha mãe saiu gritando socorro pelo hospital. Levaram a minha irmã para a UTI. A minha irmã teve embolia pulmonar, dentro do hospital, no socorro, e ninguém descobriu. O médico sabendo do histórico da minha irmã nem desconfiou da trombose.
A minha irmã não resistiu. Ela entrou no hospital com a carteirinha e a identidade e saiu com um atestado de óbito. A minha irmã não ficou nem 24 horas no hospital. A minha irmã morreu com sede, com dor, arrependida da cirurgia. A minha irmã não vai mais sorrir, não vai dirigir, não vai se formar, não vai trabalhar, não vai namorar, não vai ser mãe, nem tia.
O carro dela continua na garagem. Os seus perfumes continuam no armário. Sua cama ainda está aqui. Sua bolsa está pendurada no lugar de sempre. Seus sapatinhos estão onde você deixou. Sua gatinha está te procurando. Mas você irmã, você nunca mais vai voltar.
Eu te amo, para sempre.”







Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
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