quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Do Seu Lado



Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino
Viver é uma arte, é um ofício
Só que é preciso cuidado
Pra perceber que olhar só pra dentro é o maior desperdício
O teu amor pode estar do seu lado
O amor é o calor que aquece a alma
O amor tem sabor pra quem bebe a sua água





Beijões Queen Size,

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Obesidade e Moda Plus Size

Todos são especialistas em ser gordo! SQN!


Já repararam como hoje em dia a necessidade de ser politicamente correto em tudo deixou a humanidade mais paranoica  com relação aos obesos? É medo de comer e engordar, fórmulas e mais fórmulas e tratamentos mirabolantes para fazer as pessoas emagrecerem, revistas que a cada semana alardeiam a nova dieta que promete secar não sei quantos quilos em não sei quantos dias...e defender os direitos dos gordos então? Garantir aos consumidores  obesos representatividade no mercado agora é fazer apologia à obesidade?

Estava lendo esta semana um artigo sobre a carreira de modelo plus size e lembrando da conversa que tive com alguém online que me informava que muitos fabricantes de determinada região não gostavam de modelos plus size, acham que as roupas não ficam boas em modelos maiores. E isso me deu um estalo povo! Quantas de vocês já viram por aí roupas tamanho 50 / 52 / 54 / 56  que não tem caimento nenhum? Que mais parecem sacos?!

Só no Brasil mesmo para encontramos uma mentalidade tão tacanha e preconceituosa dentro de uma indústria que cresce a cada ano, mas não busca uma identificação entre sua marca e público! As consumidoras gordas não querem ver roupas plus size em modelos com corpos que não se parecem nem um pouco com o corpo delas! Queremos representatividade! Onde já se viu isso! falar que usar modelos maiores é apologia à obesidade! Se não gostam de gordas mudem de ramo! Tô cansada de ver a maneira desrespeitosa e cega que as marcas tratam seu público alvo.

Gordos existem e sempre vão existir, fazer propaganda de roupas com modelos com os quais seu público se identifica não é fazer apologia à obesidade. É dar aos clientes a oportunidade de se identificarem com sua marca. Se você não quer sua marca associada a lindas BBW, mude de ramo! Vá fazer roupas até o 40 apenas, já que 42 agora é plus size. E outra, esse termo plus size que na verdade significa apenas ( de acordo com os especialistas que vemos nas redes sociais): "fora do padrão 38", que não tem estria, celulite (sim eu li isso no artigo)....Qual a porcentagem de mulheres, entre as magras que não possuem celulite ou estrias? Baixíssimo, não? Porque isso faz parte do corpo feminino, devido a nossa estrutura, temos menos massa muscular que homens, por isso nosso corpo é assim.

Querem gordas que não parecem gordas para divulgar seus produtos para mulheres gordas de verdade! Eu tô louca? É só na minha cabeça que isso não faz o menor sentido? É desconfortável ver um gordo? Desconfortável é ter que aturar preconceito até mesmo da indústria que deveria nos representar. Se sentir inadequado com algo que supostamente é direcionada para mim como consumidora é ultrajante! A indústria da moda tradicional faz apologia à anorexia e nem por isso não vemos manequins com corpo menos esquelético nas campanhas, catálogos. Até mesmo em campanhas de marcas que vendem sapatos as modelos são magérrimas. 

Não estamos fazendo apologia à obesidade, não estamos lançando nenhuma campanha para que todos ganhem peso! Só queremos que nos respeitem como seres humanos e consumidoras! Queremos nos identificar coma s marcas! É pedir muito? Por que o nosso é o único ramo em que o marketing não faz isso? Por que o nosso ramo precisa perpetuar a ditadura da magreza? para que reforçar a imagem que o corpo feminino nunca está bom o bastante? Vocês falam tanto em saúde, mas esquecem que existe a física e emocional, psicológica! Vocês reforçam distúrbios de autoimagem negativa em milhões de mulheres! Venderiam muito mais se repensassem seus conceitos e as consumidoras se sentissem representadas pelas suas marcas e campanhas!








Beijões Queen Size,

Na Sua Estante



Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar,
Te vejo sonhando e isso dá medo,
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar, ao menos mande notícias
Você acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar






Beijões Queen Size,

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Coração Fantasma

Um coração partido arrancado do peito e pisoteado é um membro fantasma, ele não está mais no seu corpo mas você ainda o sente lá. Gelado, dolorido, apertado dentro do peito. Ele dá um nó na sua garganta, mareja seus olhos fazendo você lembrar de quem nunca lembrou de você de verdade, te lembra que você ainda ama quem não te amou e isso drena suas forças, torna até o simples ato de respirar algo difícil demais, o ar parece tão pesado...

Decidi não consertar mais meu coração, vai ficar do jeito que está mesmo, com os cacos de saudade, descaso,  tristeza, esperança dissolvido em lágrimas que não cessam. Eu te aceito meu coração em cacos, moído, destruído, te aceito e não vou mais tentar te consertar, pois não adianta perder tempo consertando algo que vai quebrar de novo. Te aceito com todo amor que ainda comporta, com toda a saudade que te faz pesar, com cada pedaço que falta e caco que faz sangrar.

Um dia você vai parar de sangrar, se tornará mais leve e voltará alegre ao meu peito. Um dia alguém vai cuidar de você com carinho e vez de pisar em você. Um dia essa saudade vai passar e esse amor vai  virar outra coisa, mas não hoje, não hoje.




Beijões Queen Size,

domingo, 28 de dezembro de 2014

Xingar de Gordo?!




13° VÍDEOOOOOOOO!!!  =))))))))

Você se ofende quando te chamam de gordinha? Acha que gordo é um termo pejorativo? Por quê isso te ofende?
Eu não acho que deveria ser considerado pejorativo. Esta palavrinha não nos define, não determina nosso valor. Chega de dar poder aos outros para te abater, oprimir, se liberte do peso dessa  palavra tão pequena!





Beijões Queen Size,

sábado, 27 de dezembro de 2014

Por que muito homem prefere as gordinhas





Tem homem que assume, tem homem que nega, mas sejamos honestos: as gordinhas têm um charme especial. A verdade, meu querido amigo, é que gordelícia é tudo de bom, e se envolver com uma possui muitas vantagens. Afinal de contas, como dizem os antigos: quem gosta de osso é cachorro, mulher tem que ter onde pegar. Exatamente tem que ter onde pegar, e tem que dar pra pegar de jeito.

E para provar que as gordelícias são poderosas, nós do AreaH fizemos uma lista para pontuar as vantagens de se namorar uma gordinha.

#1 A gordelícia tem conteúdo
Muitas pessoas passam tanto tempo na academia e falando de suplementos que acabam limitando o intelecto. É comum cruzar por aí com mulheres super gostosas e que infelizmente não tem nada na cabeça. Mas entre as gordinhas a história muda, muitas delas têm um conteúdo vasto, gostam de conversar e quase sempre tem opiniões formadas sobre os mais diversos assuntos. Elas compensam os quilos a mais com muita informação. Raramente você vai conhecer uma gordinha sem papo.

#2 A gordinha acompanha o namorado nas mais diversas orgias gastronômicas
Amigão, gordo é gordo porque gosta de comer (inclusive aqueles que vivem falando em dieta, mas detonam uma lata de leite condensado em segundos quando ninguém está por perto). Então se você estiver namorando uma gordinha, ela será uma ótima companhia no rodízio seja de churrasco, pizza, massa ou todos juntos. Ela também não ficará te alertando a todo instante sobre quantas calorias têm seu hambúrguer e de como o bacon faz mal ao coração. E pode ficar tranquilo, ela perdoará sua barriguinha de chope.

#3 Elas são melhores na cama
Costumam ser mais dedicadas na pegação para provarem que corpo malhado não define sexo bom. Com elas não tem frescura, se dedicam mais ao momento, tem pegada forte.


#4 Elas são bem humoradas.
Ao chegar ao rodízio ela desfere a seguinte: hoje eu vou dar prejuízo. Irmãos, no geral as gordinhas são simpáticas, divertidas e bem engraçadas, e convenhamos: não há nada melhor que uma companhia divertida.

#5 Elas não exageram na vaidade
Sejamos honestos, quantas vezes você se perguntou o que tanto sua namorada se olha no espelho. A resposta é: ela mesma. Pessoas que se dedicam demais a manter certos padrões são narcisistas, gostam de se olhar e de se admirar em excesso. Já a gordelícia é vaidosa na medida certa, se veste bem, está sempre limpinha, cheirosa e maquiada. Mas não demorará quatro horas pra se arrumar, e mais quatro para se admirar.

#6 Namorar uma gordelícia é mais saudável
Ao namorar uma gordelícia você se desprende daquele padrão imposto pela sociedade, você passa a admirar, se encantar por quem ela realmente é, e não pelo o que seus olhos veem. Tais ações levam o casal a um novo patamar no que diz respeito a intimidade, química e conexão.

Por Marcel G. Costa


Publicado aqui



Beijões Queen Size,

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Gordas Que Odeiam Gordas





Ser alvo de preconceito é sempre desagradável, agora quando quem te discrimina é igual a você, dói mais. Ver gordinhas odiando e atacando gordas me deixa bem triste e intrigada. Definitivamente gordas gordofóbicas não me descem!
Assista até o final!! Temos erros de gravação neste!!




Beijões Queen Size,

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Diretor de escola pede que menina seja retirada por ser obesa





















Beijões Queen Size,

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Trânsito parou: ‘Mulher Vulcão’ impressiona natalenses com suas medidas avantajadas

Ideia é despertar nos motoristas a necessidade de mais cuidado no trânsito e o respeito às faixas de pedestres



Uma ação de conscientização para a travessia segura de pedestres em ruas e avenidas de Natal chamou a atenção da população na tarde desta segunda-feira (08) em um dos cruzamentos mais movimentados da cidade, entre as avenidas Salgado Filho e a Bernardo Vieira. A iniciativa do site Via Certa Natal levou a “Mulher Vulcão”, que está ficando famosa no Estado por suas medidas acima da média e por abusar da sensualidade em vídeos publicados nas redes sociais, para reforçar a ação. De biquíni, ela conseguiu parar o trânsito e passar a mensagem.
Segundo o empresário Hudson Silvestre, idealizador da ação, o objetivo é relembrar as pessoas sobre a necessidade de se atravessar as vias com segurança, seja usando as faixas de pedestres ou passarelas, para se evitar riscos de acidentes de trânsito. Ele disse que essa foi uma forma bem humorada de lidar com a situação e de atrair a atenção do público para algo sério e que merece bastante atenção da população.
“A escolha por esse cruzamento foi bem pensado e a nossa expectativa é fazer com que a nossa mensagem seja acolhida de uma forma alegre e diferente, levando para a avenida uma pessoa que possa chamar a atenção de todos, sejam motoristas ou pedestres. Conversamos com a Mulher Vulcão, que está em ascensão na cidade, e ela topou numa boa. Depois, postaremos os vídeos e imagens da ação no site e nas redes sociais, para que todos tenham acesso”, afirmou.
Com 1,50 metros declarados de quadril, a Mulher Vulcão tem chamado a atenção dos natalenses por seus vídeos sensuais na internet e também por suas medidas acima da média, quase sempre expostas em biquínis minúsculos nas praias urbanas de Natal. Sheila de Oliveira, que prefere ser chamada pelo apelido, tem mais de dez vídeos no site Youtube e o que foi menos visto possui mais de 200 mil visualizações. Já o mais visitado tem mais de 400 mil views.
Sobre o apelido, que recebeu após as aparições nas redes sociais, ela disse que surgiu pelo fato de atrair a atenção de todos, sejam homens ou mulheres. “Soube que estão fazendo uma música evidenciando o meu corpo, que está sendo elaborada e deve ser tocada por uma banda famosa do Estado”, falou. Aos 29 anos e com uma filha de 12 anos, ela nasceu em São Paulo e mora na Praia do Meio há cerca de nove, onde para o trânsito quando vai à praia.
Atração e preconceito
Com 1,72m de altura e 123 quilos, ela afirmou que, apesar de não ter vergonha de seu corpo e de se sentir à vontade com roupas curtas ou sexies, vive constantemente situações de preconceito e discriminação. Mas, a Mulher Vulcão garante que esses tipos de ocasiões desagradáveis não a derrubam e que ela não tem vontade alguma de emagrecer, por exemplo, para se enquadrar no padrão de beleza imposto pela sociedade.
“Já sofri muito com esse tipo de coisas, mas não me deixo abalar e sigo em frente com o jeito que sou. Me amo muito e amo o meu corpo do jeito que Deus me fez, não me importa a opinião dos outros. Se as pessoas que amo me aceitam, isso é o que me importa. E sou mais feliz porque sempre escuto de outras gordinhas como eu que sou um incentivo para elas, isso é importante para mim, fazer com que as pessoas se aceitem como são e não como os outros querem que elas sejam por padrões impostos pela moda, que é superficial”, desabafou.
Sobre a ação de conscientização desta tarde, a Mulher Vulcão disse que aceitou participar por entender a importância de se ensinar as pessoas a terem mais cuidados na hora de atravessar as ruas e avenidas. Ela disse ainda que assim que recebeu o convite, comprou um biquíni novo e que espera que, quem assistir à performance, possa deixar o preconceito de lado e atender à chamada. “É uma questão de segurança pessoal atravessar corretamente na faixa de pedestres ou pela passarela, quando for necessário. E, infelizmente, não é o que vemos na nossa cidade”, falou.


Me enviaram o link desta matéria por inbox e resolvi compartilhar para ouvir o que vocês acharam da ação. Vocês aceitariam o convite para uma ação assim gordivas?




Beijões Queen Size,

Depoimentos de partir o coração: Vergonha do corpo

Me enviaram o link deste post, publicado aqui e achei muito intenso e por isso resolvi compartilhar com vocês. Segue abaixo o desabafo da leitora:

Sempre fui gorda, mas engordei muito mais no final da adolescência (passei dos 100kg) e, como sou baixinha, eu parecia ainda mais gorda do que era. Além disso, meu cabelo era bem crespo, enquanto o do meu irmão era liso. Minha mãe lamentava. Dizia que menino não precisava de “cabelo bom” e que era muito pior pra mim, menina, ter o “cabelo ruim”. Aliás, meus pais viviam me comparando com as primas magrinhas, loirinhas e arrumadinhas e diziam que eu ia acabar solteirona se não me cuidasse. Elas de salto, eu de tênis. Elas de maquiagem, eu com sobrancelhas de taturana. Até os 15 anos eu ainda nem tinha dado o primeiro beijo.
“-Nenhum rapaz gosta de moça feia e desleixada.” – minha mãe dizia.
Meu pai dizia que tinha pena de mim, pois eu ficaria para titia. Até porque, “homem não gosta de mulher feia”.
O meu irmão mais velho dizia que se eu continuasse engordando, iria explodir. E não ia servir nem para ser estuprada.
Talvez por isso eu, apesar de sempre ter gostado das ideias feministas, nunca quis me aprofundar. Existe o estigma de que feminista é feia, gorda e solitária. Eu já era feia, gorda e solitária. Provavelmente, seria uma “solteirona” no futuro. Por tudo isso, me afastei do feminismo. Não precisava de mais um rótulo.
Tentei não me ofender com os insultos e apelidos. Tentei rir do que me fazia sofrer. Quando um apelido doía muito, eu ria. Me chamavam de elefanta e eu ria. Me chamavam de Mônica (do Mauricio de Sousa) e eu ria.
Era a palhaça da turma. Sempre tive muitos “amigos” na escola. Diziam que eu sabia brincar, que não era uma chata politicamente correta. Que aceitava bem as piadas e as brincadeiras. Eu sorria. Por dentro, já estava inundada pelas lágrimas que nunca chorei.
Por vergonha do meu corpo, cortei a possibilidade de sexo da minha vida. Sofri por 10 anos. DEZ ANOS. Dos 16, quando tive a primeira oportunidade de transar com um carinha de quem estava a fim, mas decidi não transar por vergonha de ser gorda, até os quase 27 anos. DEZ ANOS me escondendo. DEZ! Quando os caras insistiam muito, eu já achava que estavam querendo me zoar, que era alguma aposta, que os amigos iriam rir de mim, que ele ia filmar tudo e postar em site pornô com vídeos bizarros das gordas. Eu sempre tinha uma desculpa para os caras. Às vezes era uma avó doente. Às vezes era uma dor de cabeça porque tinha bebido demais (detalhe: eu nunca bebi nada na vida, nem nunca usei drogas, porque achava que poderia me entregar e espalhar meus segredos se ficasse bêbada ou drogada demais.)
Não ia à praia. Não ia ao clube. Morava numa cidade fria, o que era a minha sorte. E, até hoje, não sei nadar.
Quando saí da faculdade e fui chamada num concurso público, continuava sem querer namorar ninguém e dizia que queria aproveitar a vida, ficar com todos. Sabem o que é engraçado? Ninguém nunca percebeu que eu era uma farsa. Nunca. Na faculdade, meu apelido era “gorda vagaba”. Pois é. E vários colegas diziam que já tinham me comido. Os malditos adoravam se gabar “a gorda é fácil’. E eu nunca desmentia. Mas também não me gabava. Eu não falava nada. Desconversava. Não queria contar vantagem. Queria apenas me esconder. Acho que foi por isso que a fama se espalhou.
“Antes gorda vagaba, do que gorda solitária e virgem” – eu pensava.
Saí da faculdade e continuei a mesma tonta. Eu beijava de vez em quando em baladas e nos carnavais, mas não namorava ninguém e não fazia sexo porque continuava com vergonha de mostrar o corpo gordo, flácido, com estrias e peitos caídos por causa do efeito sanfona de engordar-emagrecer-engordar mais-emagrecer-engordar mais um pouco. Infinitamente. Sempre voltava aos 100kg.
Só tive um único namorado. Era um evangélico, que sonhava em casar com uma virgem, apesar de ele mesmo não ser virgem. Eu só queria levá-lo para casa dos meus pais, naqueles insuportáveis eventos familiares. Só para não chegar lá sozinha. Só pra mostrar pra eles que a gorda não ia ficar pra titia. Eu detestava o cara, mas ele era filho de fazendeiro e isso fez com que meus parentes malas o aprovassem. Para ele, eu contei parte da verdade. Falei que era virgem, mas não expliquei o porquê. Mas, por ironia do destino, ele terminou o namoro comigo e ainda me chamou de gorda nojenta mentirosa, porque ficou sabendo, por meio de amigos em comum, que meu apelido na facul era “gorda vagaba” e que eu dava para geral.
E eu,no desespero de me aproximar dos 30 virgem, cheguei ao absurdo de contratar um garoto de programa. Mas não dei. Não tirei a roupa. Sim, fiquei com vergonha do garoto de programa! Falei pra ele que estava carente e só queria companhia pra jantar, mas paguei o combinado. E não, não contei que era virgem. Menti para o garoto de programa!
Quem é que mente para garoto de programa????
Pois eu fiz ainda pior do que isso: menti para a ginecologista!
Sim, eu sou tão doente, que menti para a ginecologista! Adiei muito a primeira visita e, meses antes de ir, rompi o hímen com um vibrador. Não tinha certeza se o hímen havia rompido, porque não senti dor e resolvi descobrir isso no dia do exame Papanicolau. Eu disse que não era virgem, ela acreditou e, como fez o exame (dolorido) normalmente, deduzi que havia mesmo rompido o hímen.
Pronto, eu não era mais virgem fisicamente. Mas isso era muito deprimente. A única saída para mim era encarar o problema de frente com urgência. Mas, em vez de conversar com uma amiga ou ir a um psiquiatra ou a um psicólogo, eu fui direto a uma nutricionista e comecei uma sofrida reeducação alimentar. Perdi apenas 5kg em 3 meses, porque não seguia direito a rígida dieta que ela me passou. Aí, aproveitei que ia ter férias e fiquei 25 dias num SPA. Perdi quase 10kg lá, por causa do excesso de exercícios físicos e a quantidade infinitamente pequena de calorias ingeridas. Saí de lá disposta a parar na primeira pizzaria ou sorveteria, o que eu encontrasse primeiro, mas não fui. Fui “firme”. Joguei todos os doces da minha cozinha fora e passei a frequentar academia todos os dias, inclusive aos sábados. De manhã, antes de ir ao trabalho e à noite, ao voltar.
Depois de quase um ano e meio de muito sofrimento e privações, inclusive 2 desmaios por pressão baixa na academia, eu havia perdido 50kg. Gastei rios de dinheiro em tratamentos estéticos para celulite e estrias (alguns muito dolorosos, como a carboxiterapia) Alisei meu cabelo crespo, fiz luzes até quase ficar loira, fiz bronzeamento artificial.Aí, como tinha férias de novo, raspei a minha poupança e paguei, à vista, por uma dupla-cirurgia plástica (lipoescultura e prótese de silicone nos seios.) Escolhi um bom médico e paguei bem caro pelos procedimentos. Contratei uma enfermeira pra ficar comigo, porque não queria dividir aquela dor com nenhum parente ou amigo. Achei que seria mais suportável. Passei minhas férias inteiras me recuperando das cirurgias e morrendo de dor. Um mês com dor. Era como se um caminhão tivesse me atropelado.
Era muita solidão.
Ah, também fiz depilação definitiva, porque tinha ouvido falar que homens não gostam de mulheres peludas. Só pensava em ficar menos feia. E o pior é que sofria porque o relógio estava contra mim. Quanto mais velha eu ficava, menos atraente eu me tornava segundo todas as revistas femininas. E quanto mais velha, menos homens iam me querer. “Homem gosta de novinha”
Gastei rios de dinheiro com a depilação definitiva também. Além disso, dói muito.
Tudo dói.
Tudo é caro.
Ah, pensam que sou rica? Não sou. Como servidora pública, tenho dinheiro certo todo mês, mas nunca saí do Brasil. Só viajei de avião 2 vezes em toda a minha vida. Não conheço nenhuma das praias do nordeste. Não tenho casa própria (moro sozinha, de aluguel) e nem mesmo um carro popular eu consegui comprar ainda, porque gastei o que tinha e o que não tinha com todos esses tratamentos estéticos e cirurgias. Pago as prestações até hoje das plásticas. Aliás, mais da metade do meu salário (que é muito bom pra uma pessoa solteira e sem filhos como eu) é gasto com estética (prestações antigas e novas). Eu poderia estar passeando, viajando, tendo prazer na vida…
Vocês devem pensar que sou fútil. Eu não era assim. Eu era inteligente, uma criança curiosa, alegre, feliz… E me tornei isso? Por quê?
Mas eu escrevi tudo isso sabem pra quê? Pra pedir para que vocês avisem as meninas que têm vergonha do corpo e por isso não transam ou não vão à praia. Para pedir para vocês, que são maravilhosas e escrevem maravilhosamente bem, para alertarem as meninas por meio dos seus textos.
Faço isso, porque eu só quero que elas saibam que emagrecer 50 kg não adianta.
Que fazer plástica não adianta.
Que silicone não adianta.
Que lipo não adianta.
Que alisar o cabelo e pintar de loiro não adianta.
Que ser APROVADA pelo controle de qualidade de alguns homens não adianta.
Que gastar todo o seu dinheiro em tratamentos estéticos não adianta.
Que ter namorado dentro dos padrões pra mostrar para a família não adianta.
Que ficar menos feia não adianta.
Que fazer sexo não adianta.
Que a dor não passa quando eles param de te chamar de gorda na rua.
Que a dor não passa quando os seus parentes param de te chamar de futura solteirona.
Que a dor não passa quando todo mundo cala a boca.
Porque o eco das palavras que te feriram é eterno. Porque o trauma não pode ser apagado. Porque os sentimentos não podem ser controlados. Porque eu ainda ouço a voz da minha mãe dizendo: “Eu disse que você ia acabar solteirona”. Ainda ouço meu pai dizendo: “Você não vai conseguir arrumar homem. Homem não gosta de gorda”. Ainda ouço meu irmão, hoje maduro e gente boa, dizendo: “Gorda feia não serve nem pra ser estuprada”.
A dor não passa nunca.
Não cheguei virgem aos 30. E daí?
Nunca mais comi um chocolate, numa mais bebi refrigerante, nunca mais comi pizza. Mas ainda tenho estrias e celulite, apesar de todo os gastos com tratamentos (que nunca, nunca terminam!) Tenho as cicatrizes das cirurgias. Ainda não me pareço com as belas modelos das capas de revista. Nunca vou parecer! E ainda tenho a vergonha. Ainda apago as luzes.
Ainda.
Para sempre?
Para sempre.
A não ser que a gente se liberte. Não sei como. Estou tentando. Estou fazendo terapia pra tentar me compreender. Consegui contar a minha história real para a psicóloga. Estou lendo sobre feminismo.
E leio o Lugar de Mulher diariamente.
Obrigada por tudo, meninas. Vocês são maravilhosas!
Um beijo de uma leitora de 32 anos, mas que nunca superou os complexos que teve a partir dos 13.





Beijões Queen Size,

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O Mundo Plus Size Não Me Representa!



Não me representa pois não me identifico com a futilidade do mesmo e preconceito descarado que existe entre gordinhas e gordas de verdade! Você pega um catálogo de uma Loja Plus Size e vê modelos que vestem 42 posando. E se chamam de gordas!!!? Numa boa, ser plus size virou modinha. Todo mundo agora é Plus Size. Mulheres com um pouco de sobrepeso, uma leve barriguinha se denominam gordas e começam a escrever, falar, criticar as gordas de verdade. Só se preocupam com parcerias que possam fazer com lojas de roupas  e não se engajam de verdade na luta!

As gordas já são incompreendidas pela sociedade, agora esse novo lance de fogo amigo é novidade pra mim. Se você tenta ajudar quem está passando por essa luta contra o preconceito, te acusam de estar praticando autoajuda. Se a gorda reclama de preconceito que sofre, é frescura. É muito fácil ridicularizar uma situação quando você não passa por ela. É fácil fingir que a gordofobia não existe, quando você não lida com ela no seu dia a dia, nem faz nada para combatê-la. São poucos sites que vejo abordando a questão do preconceito com mente aberta, reconhecendo a necessidade de ajudar as gordinhas a recuperarem a autoestima, espalhando a idéia que há beleza em todos os corpos, ajudando várias mulheres a se aceitarem.

O que mais vejo são campanhas, catálogos, lookbooks, concursos e desfiles que mostram mulheres com pouco sobrepeso, algumas raras gordinhas que só aparecem se já forem conhecidas no mercado. E a grande maioria ali fez plástica, gastroplastia, emagreceu até ficar o ponto de ter pouquinho sobrepeso e se chamam de gordas, porque precisam perder ainda 6 kg para atingir o peso ideal....francamente! Os donos das marcas não tem bom senso! Se a sua loja vende roupas do 42 ao 54, por que no catálogo não vemos alguém que use manequim 52, 50 ou 54? Fora as lojas que entraram na modinha Plus e divulgam: Olha nós temos linha plus.....Aí você vai e pergunta até que número vai e ouve a resposta: do 42 ao 48! E as consumidoras acima do 50, não existem?

Infelizmente o que mais vejo são gordinhas eternamente insatisfeitas que só sabem falar em emagrecer, que menosprezam as outras que usam números maiores. O mundo Plus atual é um mundo de fantasia, querem gordas siliconadas, plastificadas que não sejam gordas de verdade, mas tenham um pouco de sobrepeso só para não dar muito na pinta. Um mundo de deslumbre onde o que importa é ser conhecida e lucrar com isso.Um mundo onde as pessoas só te procuram quando querem que você divulgue algo, mundo em que as pessoas esquecem quem as ajudou  divulgar o trabalho. Mundo onde talvez as gordinhas sejam as mais preconceituosas, pois não se aceitam e não toleram que outras se aceitem com são...Um mundo de competição, páginas rivais, blogs rivais.....que besteira gente! Quando mais  nos unirmos, mais vamos progredir na luta contra o preconceito! Tem gente que tem a caroça de me pedir pra divulgar as coisas e quando peço pra divulgar nosso site, o canal, nada acontece...falo nada, só observo!

Por isso e muito mais eu afirmo: esse mundo plus size atual não me representa! Salvando algumas raras exceções de páginas parceiras, páginas onde sou CDC e grupos que participo e vejo que as pessoas tem noção de que precisamos nos unir para vencer o preconceito.



domingo, 21 de dezembro de 2014

Você Não Acha Que Devia Falar Sobre Emagrecimento?

Não, não foi um gordofóbico que me perguntou isso. Achei interessante a pergunta e resolvi escrever à respeito. O argumento utilizado foi o seguinte: se você for ao médico ele vai falar para você emagrecer, pois sobrepeso faz mal à saúde, certo? Concordei que um médico diria isso. Então a pessoa prosseguiu e perguntou se eu não achava que deveria falar sobre emagrecimento além de aceitação do próprio corpo. Eu respondi que não, pois não é porque estou gorda que não tenho saúde. Que acredito que houve uma demonização da obesidade. Pois nem sempre obesidade vem acompanhada de comorbidades, mas se houver alguma doença associada a obesidade concordo que a pessoa deve emagrecer sim. E que eu sempre falo com nossos leitores sobre a necessidade de termos uma vida ativa e nos alimentarmos bem.

Eu achei válida a pergunta, é bom mantermos nossa mente aberta para outros pontos de vista e reavaliarmos nossa opinião.
E novamente eu me dei conta do seguinte: para a sociedade gordo sempre será considerado um doente que precisa emagrecer para ser curado e não há nada que eu ou você possamos fazer para mudar isso. Crescemos ouvindo o mundo inteiro dizendo que é melhor morrer que engordar, que se você é gordo é um fracasso de ser humano, uma condenação à morte social e afetiva. Como se o fato de ser gordo fosse sinônimo de doença mortal quando na verdade hábitos ruins dessa sociedade hipócrita é que adoecem. Não é porque sou gorda que necessariamente sou doente!

Uma sociedade que glorifica anorexia, faz apologia à distúrbios  alimentares e desumaniza os gordos é doentia! Como se só existisse um tipo de beleza mundo,  como se peso definisse um estado de espírito, a tão sonhada felicidade! E ser gordo e feliz incomoda e muito as pessoas! Os infelizes e mal resolvidos se incomodam com o amor próprio nutrido pelo gordo bem resolvido, com o fato dele ter  reaprendido a se amar e ter descoberto a beleza que estava ali o tempo todo mas ele era cego pra ver.
Gordinhos vocês são lindos sim! E daí que as capas de Revista dizem o contrário? Nossos fãs sabem do que eu estou falando! Amo a barriguinha macia, bochecha gostosa, braços aconchegantes e tudo o mais que vocês tem a oferecer. Vocês são gostosos de morder, apertar, beijar e amar! E não aceitem que ninguém faça vocês duvidarem do valor e beleza real que possuem! Eu AMO vocês!








Beijões Queen Size,

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Recado para todos que me fizeram ou tentaram fazer mal em 2014:

Eu não me vingo. As coisas ruins que as pessoas fazem acabam voltando para elas mesmas. Pode demorar, mas volta...Ser quem elas são já é em parte seu castigo. Viver num mundo de mentiras, maldade, falsidade, hipocrisia e manipulação é sua sina. Mas eu não desejo mal a vocês, apesar de todo sofrimento e lágrimas que me fizeram derramar, o meu desejo é que sejam felizes. Pois se vocês conhecessem a verdadeira felicidade não seriam cruéis assim.
Não vou expor o mal que me fizeram ou tentar prejudicá-los ou desmascará-los. Podem tentar me denegrir que eu sinceramente não me importo.
Podem me excluir, bloquear, fazer o que quiserem, já não me importo mais com isso.
E de coração não lhes desejo mal, pelo contrário, desejo que sejam felizes e se tornem seres humanos de verdade, pessoas melhores, incapazes de mentir, iludir, manipular a realidade e outros, como psicopatas que são incapazes de ter empatia, se importar com a dor e sofrimento que estão provocando nos outros.
Amanhã é meu aniversário e o melhor presente que poderiam me dar eu já recebi: a saída definitiva de vocês da minha vida. Até nunca mais!
♡ Adeus e obrigada ♡







Beijões Queen Size,

Mulheres reais: sem efeito de luz e retoques, ensaio valoriza a beleza feminina natural

Quando foi a última vez em que, navegando pela internet, lendo uma revista ou assistindo TV, você viu uma bela imagem de um corpo feminino semelhante ao seu, da sua irmã, companheira de trabalho ou vizinha?

Pouquíssimas vezes ou quase nunca, não é? Não por menos: no mundo inteiro, apenas 5% das mulheres têm o mesmo modelo de corpo e estrutura física que são apresentadas nas propagandas.

Pensando nisso, a ativista Jes Baker em parceria com a fotógrafa Liora K, criou um lindo projeto fotográfico cujas protagonistas representam justamente os 95% de mulheres que fogem desse padrão.



Mostrando a beleza de mulheres comuns e reais, o ensaio que não utilizou truques de luz, muito menos retoques nas fotos, aconteceu em um hotel em Tucson (Arizona, EUA), e contou com a a participação de 96 mulheres de todas as formas, tamanhos, tonalidades de pele, e idades. Todas recrutadas de forma voluntária pelo Facebook.



Nomeado de EXPOSE: SHEDDING LIGHT ON COLLECTIVE BEAUTY, o projeto teve início em 2013  e,  na época, teve a colaboração de 68 mulheres.

As duas edições do projeto podem ser conferidas na íntegra aqui.

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

'Fatkini' vira febre entre mulheres que mostram beleza real na internet; saiba o que é

A onda de valorização do corpo feminino nas redes sociais ganhou mais um aliado: o fatkini. Movimento mostra internautas plus size de biquíni como forma de ampliar o padrão atual de beleza
O verão no hemisfério norte trouxe de volta o orgulho em mostrar-se nas redes sociais sem a preocupação de estar fora dos padrões da forma física da moda. E é com a hashtag "fatkini" que mulheres de vários países posam para fotos exibindo suas curvas.
A febre surgiu com a blogueira Gabi Gregg que tem sua própria linha de roupas de banho para mulheres plus size. Ela, junto com outras ativistas, estão aumentando a comunidade de pessoas que pretendem valorizar o corpo feminino em todas as suas formas.

MULHERES PLUS SIZE SE ORGULHAM EM APARECER DE BIQUÍNI NA PRAIA (FOTO: INSTAGRAM)


As usuárias das redes sociais compartilham suas fotos na internet e também escrevem histórias de superação. Muitas delas apareceram de biquíni pela primeira vez em público.
"Quando você abandona a concepção 'você não é gorda, você é bonita' e adota 'você é gorda e bonita', você sabe que está vencendo uma batalha", afirmou a ativista Mey para o site Autostradle.
Virgie Tovar, uma das experts em discriminação corporal falou ao site Colorlines que há um sentimento de liberdade quando simplesmente pode usar roupa de banho em público sem se preocupar com o corpo.
"Não há apenas a noção de estou transgredindo a regra de que garotas gordas não usam biquíni, há também a experiência corporal do vento e o sol no abdômen. Esta sensação não é apenas nova e emocionante, mas também política".

ATIVISTAS USAM REDES SOCIAIS PARA EMPODERAR MULHERES SOBRE SEUS CORPOS (FOTO: INSTAGRAM)

Além das plus size, mulheres com outros tipos físicos também adotaram a febre do "fatkini" e compartilharam fotos valorizando seus corpos.

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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Plus size é muito mais fun




Me enviaram o link desse texto e achei simplesmente sensacional! daí resolvi compartilhar aqui com vocês. Espero que curtam tanto quanto eu.

Não sei se vocês viram, mas na semana passada uma modelo australiana postou uma selfie de biquíni. Nada demais, não fosse a revista Marie Claire chegar depois dizendo que esta moça, Robyn Lawley, era plus size. Ou seja: gordinha. Modelo de propaganda de hidratante pra axila.

Todo mundo em seguida saiu discutindo as (poucas) banhas dela. Dizendo que ela não era gordinha, não. Concordo: ela está a quilos-luz do conceito mais aceito de plus size – mas vamos reconhecer que o sorriso dela é de gorducha, sim. Não sei quanto se precisa, no mundo fashion,  para serplus size (imagino que meio quilo acima do peso baste) – mas a felicidade da moça é a de quem come pão com vinagrete no churrasco. Ali se vê satisfação, algo impensável para pessoas acostumadas a quinoa e barra de cereal. Aquele sorriso tem o borogodó que encanta.

Aquele sorriso é de Gordelícia.

Lá onde eu moro, plus size tem esse nome: Gordelícia. Pode ser a variante Gordinha-Esquema, muito aceita também. Que é aquela mulher uns sete quilos acima do que manda a ONU – mas que traz na bagagem personalidade, opinião e joie de vivre.

(A Leitora Encanada pode achar que Gordelícia é ofensa. Pelo contrário: trata-se de elogio e, mais que isso, desejo de consumo. Vai por mim.).

Porque a Gordelícia tem beleza. Tem substância – e não é só na cintura. Visita museus e depois discute o que viu na cafeteria, comendo um petit-gateau. Manda a academia do dia seguinte pro inferno se a mesa do bar está bem formada e o assunto rende. Gosta de doces e livros. E como é bem preparada, exige desempenho físico e cultural do adversário. A Gordelícia não cai em qualquer conversa e – dizem – é excelente no sexo porque nunca leu Freud. Entre a psicologia e o pudim, o pudim ganha fácil. Algumas sabem inclusive contar piada, enquanto as Magrelas param no meio da narrativa, perguntando, aflitas: “Gente, como é que terminava mesmo ?”

Gordelícias são companheiras. Bebem junto com você, nas datas especiais. Champagne nas vitórias, cachaça nas derrotas. É a escolha perfeita para quem quer fugir do roteiro turístico da praia do Pepê, da ditadura do rosto-peito-bunda.

Mas o que caracteriza a Gordelícia é mesmo o humor, é o doping químico do Toblerone ao invés do desespero do alface. É tanta alegria que contamina feito bocejo. E se tal felicidade é contagiante, pronto: eu quero estar por perto. Eu e muita gente. A vida é cheia de conta pra pagar, na TV a cabo só passam as mesmas coisas e este ano ainda tem eleição. Se o sujeito procura alívio, se procura algo a mais que o fascismo da beleza, se percebe que a alegria dos outros ajuda a encarar o trânsito e os sete-a-um-da-vida, as Gordelícias são excelente opção. Com esse nome ou sua variação século 21 – a mulher plus size.

Homens gostam de Gordelícias. Elas contêm mais mulher.






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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

"Tu é muito gorda , não tem como ser feliz assim"


Acreditam que recebi essa "pergunta" hoje antes das 8 da manhã? Verifiquem abaixo, minha resposta:


Ai ai.....uma gordinha incomoda muita gente....uma gordinha feliz incomoda muito mais....

Sou MUITO GORDA sim, obesa, imensa e pasme!!! MARAVILHOSA!! E por falar em felicidade, nossa você deve realmente ser muito infeliz para começar o dia, a semana, o mês, cedo assim tentando atacar os outros. Deve doer mesmo em você ver alguém como eu TÃO FELIZ!!! 
Sabe, de coração mesmo, querido(a) gordofóbico(a), eu desejo que você consiga ser pelo menos 1/10 da felicidade que sinto e tenho em minha vida. O mundo precisa de menos pessoas amarguinhas como você.
Me amo, me aceito e sou feliz com cada dobrinha que tenho. E se felicidade estivesse relacionada diretamente ao nosso peso, não teríamos tantos magros infelizes e incomodados com a felicidade de mulheres gordas, bem confiantes e resolvidas como eu...
Não preciso provar que sou feliz, eu simplesmente sou e quem teve a alegria de me conhecer sabe disso. Além de ser gorda e feliz eu sou uma sobrevivente do câncer e mesmo quando eu estava mal por causa da doença deixei de ser feliz. Fazer o que querido(a) gordofóbico(a), tem pessoas que nasceram felizes e eu sou uma delas.

E quer saber de uma coisa, vai ser feliz vai!
ღ ♥ ♡ ❤Beijões queen size sabor morango com leite condensado diet pra você viu ღ ♥ ♡ ❤
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domingo, 14 de dezembro de 2014

Por que todas as gordas sempre afirmam que se acham lindas e 99% delas se acham horrorosas (sensatas) e choram no banho?

Povo, recebi essa pergunta lá no Ask. É muito amor né não? Vida longa e próspera aos gordofóbicos para se rasgarem sempre de inveja do nosso amor próprio nas alturas!! Segue abaixo a resposta, quem quiser, conferir minhas outras respostas, clique aqui



Não diria que são sensatas e muito menos que 99% das gordinhas que afirmam serem lindas (o que realmente são) choram no banho...não sei que gordas, você conheceu ou ouviu no banho. Mas eu conheço muitas fofinhas MARAVILHOSAS que felizmente enxergam sim, sua beleza real e não choram no banho não, pelo contrário, elas tomam banho com os parceiros sortudos que sabem apreciar o que o corpo de uma gorda pode proporcionar, em vez de chorar, elas gemem no banho! KKkkkkkkkkk Tão libertador viver uma relação com alguém que aprecia nosso corpo como apreciamos....bom, acho que ficou claro que conhecemos tipos diferentes de gordas, não é mesmo? Portanto, lamento informar que nem todas as gordas que sempre afirmam que se acham lindas choram no banho, talvez você faça isso, o que é bem triste viu. Tomara que um dia você consiga se amar, ser segura como as lindas gordinhas confiantes que tive o prazer de conhecer, pois deve ser deprimente não se aceitar e invejar quem se aceita =(((( E mais triste ainda, é ter um interior horroroso, insensato como o seu. Bom, acho que respondi rs
Obrigada por sua pergunta <3
1 gazilhão de beijinhos sabor bacon!!

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