terça-feira, 9 de julho de 2013

Saindo de Cena






Uma coisa que acho que jamais aprenderei...como dizer adeus...mas, ainda sei que o pior é o adeus não dito, que fica preso na garganta e nunca chega aos ouvidos de quem merece ouvi-lo. E por mais que eu tente, ensaie, imagine, não encontro maneira, nem singela, nem dramática de fazer isso.  É difícil sair de cena...

O derradeiro adeus deve ser dito, é o melhor a ser feito mas o que fazer se dói tanto que assusta? Quando a vida te obriga a se despedir, você suplica para ficar mais um pouco, mas o tempo é negado....e há ainda tanto a dizer, um primeiro e último abraço a dar, um beijo de despedida, pouco coração e nenhum tempo....as lágrimas rolam à toa e o grito segue preso. Só me resta escrever enquanto o fim não acontece...

E há tanto ainda a ser feito, dito, vivido, sentido, mas não adianta olhar para a areia que falta escoar na ampulheta do tempo, a partir deste momento será tudo diferente, não chorarei mais, não pensarei mais no fim, não vou pensar se é real o que você diz sentir ou não, não vou mais me preocupar com a saúde que se foi, vou simplesmente encerrar tudo e sanar as pendências, chega de sofrer e penar e pensar demais. Vou esquecer todos e seguir em frente sozinha, talvez você me odeie por 1 mês ou 1 semana, talvez esqueça o que nunca deveria ter existido, talvez nunca me entenda, só sei que será menos uma saudade e um dia talvez você me agradeça por sair de cena sem alarde, te poupando de uma despedida desnecessária....teria sido um sonho bom, fazer parte da sua vida, se o papel não fosse de figurante. Então permaneço na coxia vendo os protagonistas contracenando, enquanto outros personagens tentam roubar a cena. E eu? Bem, eu enxugo as lágrimas e saio de cena em silêncio antes das cortinas baixarem e os créditos finais subirem...sem que você perceba que eu já parti. E quando talvez você perceba, terá sido tarde demais, mas, não fique triste, foi melhor assim. Eu não saberia ser pela metade, tão perto do fim, embora meu sentimento fosse inteiro.

E assim, mais uma vez, me despeço de você, embora você nunca aceite, apesar de talvez você nunca ler isto aqui...




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