quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Amor próprio em primeiro lugar



Você morre para agradar os outros sem sentir que é realmente valorizado? Se isso corresponde a uma constante na sua vida, talvez seja a hora de se reavaliar internamente, afinal, o amor próprio é fundamental para que possamos amar o próximo.
Ajudar os outros sem esperar nada em troca é um gesto maravilhoso que deixa em evidência seu grande coração e capacidade de servir o próximo, mas lembre-se de que é necessário se amar primeiro para poder fazê-lo com outras pessoas do fundo do seu coração, sem abandonar seus próprios sonhos.
Sua natureza é de um ser humano excepcional, não duvidamos disso, porém, você parou para pensar se é feliz? Pergunte-se se você está esperando alguém que seja suficientemente agradecido para lhe valorizar e lhe devolver tudo isso que você entregou sem medida… pois, essa pessoa tão esperada é você! A verdade é que ninguém conhece melhor quais são seus anseios, sentimentos ou necessidades. 

Veja-se no seu próprio reflexo

Vamos fazer este exercício: sem que haja ninguém ao redor, pare diante de um espelho e observe-se detalhadamente. Só está você e ninguém mais poderá julgar a imagem que se projeta em frente. Enquanto faz isso, anote cada pensamento que surgir na sua mente.
Depois de 15 minutos ou mais (tome o tempo extra que quiser), leia o que você anotou. Agora faça uma lista separando o que você considera negativo das percepções positivas.

Se a balança se inclina mais a favor do negativo, é um indicativo de que você necessita prestar mais atenção em si. Pouco a pouco você poderá trabalhar cada um desses aspectos desfavoráveis que você marcou sobre você para conseguir resultados melhores. Porém, você já terá feito essa viagem maravilhosa de auto-descoberta, terá começado a ser franco consigo e a conhecer qual é a auto-percepção que você tem da sua própria pessoa.

Comece por você

Abraham Maslow, um dos principais expoentes da psicologia humanista, desenvolveu uma teoria relacionada com a “auto-realização”.
Este autor representou sua ideia em uma pirâmide onde explica que, para chegar ao ponto máximo de satisfação interna, devemos antes cobrir uma série de necessidades que vão desde as fisiológicas (alimentação, respiração e descanso), até aquelas que implicam querer a nós mesmos para chegarmos a ser criativos, espontâneos, com uma moral firme em nossa vida.
A autoestima é uma série de percepções, pensamentos e sentimentos que definem o comportamento de uma pessoa. É a forma como nos vemos e que, consequentemente, afeta a forma como interpretamos o mundo.

De acordo com o psicólogo americano Carl Rogers, “a raiz dos problemas de muitas pessoas é que elas se desprezam, e se consideram seres sem valor e indignos deserem amados”. Nestes casos, a aceitação constitui um passo importante para encontrar soluções.

Comece agora!

A partir de hoje, qualquer apreciação distorcida que você tiver de si próprio pode mudar. Você continuará estendendo sua mão a outros, embora cada vez mais a partir de um conhecimento profundo sobre quem é você e como você se sente.
Este será o primeiro passo para avançar na sua busca interna e lhe permitirá, principalmente, resgatar esses desejos que você tem que se atrever a cumprir, trazer à tona essas metas que um dia você deixou guardadas nessa velha gaveta… O que você acha de se atrever?
Imagem cedida por Isabel Bloedwater

Publicado aqui




Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Eu Odiava Meus Braços Gordos Por Causa dos Outros (TW: pode conter expressões que ativem gatilhos emocionais)

Meus braços são bem brancos e tenho várias estrias neles e eu os amo e acho bonitos como são, tatuados e macios <3
Eu nem sempre fui essa gorda bem resolvida que vocês leem e assistem em vídeo, eu já tive fases(há muito tempo atrás) em que eu me odiava, não tirava fotos de jeito nenhum, evitava usar bermudas e vestidos curtos e sofria de transtornos alimentares e de imagem. Não usava regatas por nada nesse mundo até que quando comecei a trabalhar, precisei mudar o guarda roupa e tudo parecia ir bem até o dia em que uma colega de trabalho soltou na frente de outras pessoas, enquanto segurava meu braço:
"NOSSA NINGUÉM MERECE ESSE BRAÇO GORDO"
Eu super sem graça na frente de outros colegas, abaixei a cabeça e fui embora e durante anos, toda vez que eu pensava em escolher um regata ou blusinha de manga mais curtinha ou vestido de alcinha vinha a lembrança daquelas palavras... E talvez você aí do outro lado esteja se perguntando o motivo de estar compartilhando isso se hoje já superei e eu explico, assim como eu tinha vergonha dos meus braços no passado, pode ter alguém do outro lado da tela que possa ser ajudado com esse relato, alguém que precise ouvir e ver que não importa como seja o seu braço ou qualquer outra parte de seu corpo, você pode e deve ser livre pra usar o que e como quiser independente do gosto estético dos outros e ponto!

Olha meu braço aí de novo meu povo!
Por isso escolhi estas fotos, elas foram tiradas após eu ter tido câncer e ter engordado mais, foi o primeiro encontro plus size do qual participei e a primeira vez que encarei as câmeras em publico, em plena Quinta da Boa Vista lotada com um monte de gente olhando todas nós que estávamos lá posando pra fotos. A Marlúcia Félix da Agência MF Models Plus organizou esse evento maravilhoso que marcou o início da minha relação de amor com a câmera. nenhum braço é igual ao outro, assim como nenhum corpo é igual ao outro, a não ser que você compare corpos photoshopados em capas de revistas...


Não importa se seu braço é gordo, magro, com cicatrizes, marcas, estrias, pintas, verrugas, tatuagens, seja lá o que for, ele é seu e é parte da unidade que te torna único. E mesmo que você tivesse um tipo de braço que considera sonho de consumo, ainda assim sempre surgiria alguém pra te criticar, para dizer que é feio, que não é bom o bastante e tentar minar sua autoestima usando seu braço como desculpa. Nós nunca vamos conseguir agradar todas as pessoas com nossos corpos, então que tal desencanar, desconstruir os preconceitos que tem em relação a si mesmo e se empoderar? A opinião mais importante sobre seu corpo é a sua mesmo e não a dos outros. tire o foco da opinião alheia e foque mais em si mesma!






Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Acessibilidade Gorda


O mundo é projetado para os magros: as roupas são pequenas, as cadeiras são frágeis e não há representação positiva de quem é gordo na televisão, nos livros ou nas revistas. A preocupação da sociedade parece se voltar muito mais para questões de estética e beleza, quase sempre mascarada sob a noção invasiva de aconselhamento quanto a saúde de quem é gordo. A preocupação com o bem estar – se existir de alguma forma – está enterrada debaixo de muita gordofobia, nojo e intolerância. Logo, não é nenhuma surpresa ou novidade o fato de que ser gordo, em nossa sociedade, é muito difícil.

Recentemente, a questão da gordofobia tem sido mais problematizada em meios de discussão sobre gênero, primordialmente porque mulheres gordas são muito mais hostilizadas e cobradas do que homens com as mesmas características. A principal causa dessa disparidade é a exigência e a pressão social para que as mulheres se enquadrem no padrão de beleza. E embora a beleza e a autoestima sejam questões profundamente importantes tanto para mulheres quanto para homens, há uma necessidade urgente de se discutir e promover ações sobre acessibilidade.

É fato que a acessibilidade ainda é um tema carente no Brasil de forma geral. Pessoas idosas e com deficiência ainda enfrentam dificuldades constantes no dia-a-dia, algo que acontece devido a um misto de desrespeito e omissão – não apenas do Estado, como também dos outros cidadãos. No entanto, é preciso lembrar que a questão também diz respeito às pessoas gordas. Embora esse grupo esteja em uma situação de vulnerabilidade física e o direito já exista na teoria, há pouquíssima compreensão no que diz respeito a acessibilidade.

Obviamente, as pessoas gordas não são todas iguais. Algumas possuem problemas cardíacos ou colesterol elevado enquanto outras são perfeitamente saudáveis; umas são sedentárias, outras praticam exercícios; certas pessoas são gordas por conta de uma dieta calórica, enquanto outras possuem disfunções hormonais. Há muitas que aguentam ficar em pé por incontáveis horas e possuem fôlego para praticar atividades intensas. O condicionamento físico de cada um é algo extremamente individual, independente de seu peso. Porém, algumas dificuldades são comuns a maioria das pessoas gordas, como a necessidade de assentos mais largos e resistentes. Para muitos, ficar de pé por períodos prolongados pode provocar dores intensas nas articulações ou até complicações de saúde. É por isso que as pessoas gordas também devem ter acesso a lugares e atendimento preferencial; qualquer impedimento é uma forma de privá-las de seus direitos fundamentais.

É lamentável que a maior parte da população não tenha conhecimento de que as pessoas obesas possuem direito a assentos e auxílio especial; esse é mais um motivo para que elas frequentemente sintam-se desconfortáveis ao solicitar assistência, pois temem ser constrangidas publicamente. Quase ninguém se sente livre para reivindicar seus direitos. Isso acontece porque a sociedade se incomoda com o espaço que as pessoas gordas ocupam e manifesta isso de diversas maneiras, seja lançando olhares de repulsa e reprovação ou chegando ao ponto de reclamar por qualquer benefício que alguém gordo possa conquistar. Em nossa cultura, o ideal seria que todos fossem magros. É por isso que tantas pessoas repetem afirmações como “se não gosta, emagreça” ou “é gordo porque quer, problema seu”. Muitos até acham que quem é gordo não deve ter acesso a saúde, que deveria ser priorizada somente a quem é magro!

Isso é mais do que uma questão de direitos humanos, é uma questão de coerência: ninguém sai por aí questionando para um cadeirante se ele perdeu o movimento das pernas porque alguém atirou em sua coluna vertebral ou se foi um acidente de carro causado por ele próprio enquanto estava bêbado. Essa não é uma questão relevante, pois independente da causa da deficiência, a pessoa lida com as próprias dificuldades e é impedida de viver em sociedade. É preciso que o mundo se adapte às condições das pessoas com deficiência e se torne cada vez mais acessível e confortável para elas. O mesmo raciocínio deveria entrar em voga para quem é gordo: a causa do seu peso é algo particular e a discriminação é algo que somente esse sujeito vivencia. Independente de se tratar ou não de uma condição definitiva, ter a mobilidade reduzida faz parte da realidade de muitas pessoas gordas.

Por vezes, a sociedade parece caminhar em um sentido oposto à inclusão. Eliminar as pessoas fora do padrão e hostilizá-las parece muito mais fácil  do que trabalhar para inclui-las. Dificilmente se consegue despertar qualquer empatia de quem é magro, pois o fato de que muitos gordos não conseguem ficar em pé por muito tempo e sentem dores insuportáveis costuma despertar um sentimento de ódio, como se o sofrimento das pessoas gordas fosse “bem merecido”. Os direitos de ir e vir, sentar, pagar contas ou vestir uma roupa confortável são as coisas mais simples e mais básicas, mas um mero “esquecimento” quanto a questão da acessibilidade já basta para impedir quem é gordo de usufruir desses direitos.

O movimento feminista, em especial, já tem uma certa disposição para falar de mulheres gordas, afirmando que seus corpos também são bons, belos e completamente funcionais. No entanto, também se mostra necessária a discussão sobre políticas públicas e a promoção da inclusão social no dia-a-dia, garantindo a quem precisa assentos e filas preferenciais. A sociedade ainda é muito fechada a ouvir pessoas gordas e aceitar com humanidade suas necessidades, mas esse trabalho é fundamental e necessário. A acessibilidade para pessoas gordas é uma tema urgente: sua ausência gera segregação e violência, mas sua implementação promove autoestima e aceitação.

Postado aqui


Leia a entrevista completa da Jéssica Balbino

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Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O Poder do Foda-se(contém PALAVREADO OFENSIVO)

Sabe aquelas semanas em que tudo dá errado e as coisas simplesmente fogem totalmente do controle e o poder de decisão e tomada de atitudes sai das suas mãos? Então meu caro, essa a é a semana do foda-se essa porra toda! Cansei! Super aconselho a tocar o foda-se e não se estressar com coisas que não dependem de você. Foda-se a porra da da falta de consideração, foda-se a multidão de escrotos, FODA-SE, FODA-SE FODA-SE FODA-SE!



Foda-se a polícia dos corpos! Foda-se a opinião dos outros sobre meu corpo gordo! Foda-se quem fica me encarando quando como em público! Foda-se a porra da gordofobia! Foda-se a merda que é a moda "plus size"! Foda-se o plus size! Eu quero é MODA GORDA! Foda-se você que vai em páginas, posts, vídeos, whatever de gordas e fica cagando regras e falando merda sobre saúde, foda-se o parente gordofóbico, foda-se quem desconta suas frustrações em nós sem nós merecermos, foda-se essa porra toda!

E pra você homem que vai nas minhas redes ou páginas  falar pra não usar o termo GORDA, foda-se também, fofinha é a sua almofada! Eu sou é GORDA e FODA-SE!

E pra você gordofóbico que persegue gordas online pra ficar vomitando seu preconceito, acabou de chegar aqui o seu foda-se.....



E pra você que leu eu sugiro tocar o foda-se também e desencanar de tudo que tenta te perturbar, é extremamente terapêutico kkkkkkkkkk Tô me sentindo ótima depois de escrever =))))







Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

GORDOFOBIA: O MEDO DA ABUNDÂNCIA


O conceito de gordofobia ainda não está presente em dicionários, mas poderia ser definido como “o medo, desconforto ou repulsa a pessoas gordas”.

É o asco em ter que ver pessoas de vastas proporções existindo, comendo ou até mesmo trabalhando. É não aceitar que tais seres humanos são semelhantes, e pura e simplesmente pelo tamanho de seus corpos. No entanto, a população brasileira vem ganhando quilos a mais, sendo que pesquisas do IBGE mostram que cerca de 10,5 milhões de brasileiros com 20 anos ou mais são obesos.

Tal fato social afeta ainda mais as mulheres. A obesidade é considerada uma doença que pode acometer todos em geral, todavia, ela atinge ainda mais as mulheres, as quais podem ser consideradas ainda mais afligidas pela gordofobia.

Pesquisas apontam que ainda hoje o salário das mulheres é cerca de 30% mais baixo que o dos homens, com base na mesma posição ocupada por ambos os sexos. Porém, estando na situação das mulheres que sofrem com o preconceito contra o grande volume de seus corpos, estar fora do padrão de normalidade vigente as afeta mais do que os homens em igual situação de obesidade. Enquanto os homens podem disputar mais igualitariamente com outros homens magros por vagas diversas, isso não acontece com a mesma frequência para a mulher obesa. Elas são mais afetadas pelo estereótipo de desleixo, preguiça ou propensão a doenças, independentemente do tipo da vaga almejada ou da doença de cada uma, especificamente. Cargos que exijam contato com o público em geral normalmente não são ocupados por esse tipo de mulher a não ser que sejam voltados a um público plus size.

Não só. Os estereótipos vão além, bem como os argumentos que justificam o preconceito velado contra a gordura. Se até então ela era vista como sinal de status e fartura, hoje foi convertida como um sinal de doença. Neste sentido, há duas grandes visões acerca de um grande corpo feminino: o da doença e/ou a hiperssexualização.

É normal para as mulheres pertencentes a este grupo serem alvo de comentários que dizem respeito a seu peso ou dieta sem que isso faça parte da conversa. Talvez seja numa consulta ao oftalmologista na qual ela receba uma advertência por seus pneus a mais (sendo que seu problema de visão não tem absolutamente nada a ver com seu tamanho) ou numa conversa amistosa com pessoas novas que admitem que ela deva comer quilos de comida só porque seu manequim é maior do que o das outras mulheres. Dicas sobre novas dietas são “sempre bem vindas” mesmo quando não requisitadas, sob o argumento de que quem está fazendo o comentário maldoso e/ou “construtivo” se preocupa com a saúde da moça.

Não só. Também é comum para esta ala feminina ser taxada como mulher fácil ou carente, uma vez que o tamanho de suas gorduras fosse determinante para poder amar e ser amada. É comum ouvir pessoas dizendo que elas são mais fáceis porque “nenhum homem a quer a não ser que seja pra comer” ou que “ela é gorda demais para arranjar um namorado bonito e legal.”

Como se uma mulher pudesse ser definida apenas pelo tamanho do seu corpo e pela aprovação dos homens acerca do quanto seus corpos podem ou não ser desejados. Como se este único fator fosse determinante para decidir seu valor e dignidade.

Por outro lado, em passos de bebê caminhamos para uma tão esperada mudança de visibilidade social. Atualmente existem lojas especializadas em moda plus size; bancos azuis no metrô de São Paulo para pessoas obesas e movimentos de Orgulho Plus size, coisas estas que quase não eram vistas há 15 ou 10 anos atrás. De qualquer forma, ainda há muito o que fazer.

Na mídia, muitas vezes tais mulheres ainda são excessivamente retratadas como perdedoras, solteironas ou atrapalhadas, geralmente em papéis de comédia. Vide a personagem de Fabiana Karla, Perséfone, na novela exibida pela Globo em 2013, Amor à Vida. São poucos os programas que as mostram como mulheres comuns que tem uma vida normal ou que as retratem como um exemplo de empoderamento feminino.

Mesmo assim, apesar de todo o tipo de preconceito enfrentado por essa ala feminina, legalmente ainda nada foi feito por esta minoria. Talvez seja pertinente observarmos uma origem para este preconceito especificamente. A gordura, símbolo de fartura, abundância e riqueza, perdeu seu status para representar o excesso desequilibrado, bem como a preguiça e desleixo. Mas por quê?

Se formos pensar em todas as imagens idealizadas do corpo da mulher ao longo da história, é possível perceber que o ideal de beleza sempre foi voltado para o que fosse mais difícil de ser conquistado pela maioria, fosse pela alimentação farta em tempos de escassez extrema (como na Idade Média ou Renascença) ou pela restrição alimentar em tempos de gordura trans, açúcar, sódio e conservantes. O que apreende-se disso é uma tentativa velada – ou não – de restringir o corpo da mulher para contextos externos e sociais os quais, ao invés de interagirem naturalmente com seu corpo, devem ser evitados ao máximo. Como se fazer parte de uma minoria exclusiva, pudesse fazer de uma pessoa alguém mais valioso socialmente.

Besteira. Agora só nos deixe viver com nossos corpos grandes e voluptuosos, cheios de curvas. Deixe-nos ser chamadas de gordas sem ter o peso de uma palavra ruim (como chamar de “moreninh@” uma pessoa negra com o objetivo de diminuir a carga pejorativa de ser um afro-descendente). Sim, nós podemos ser gordas ou obesas. Uma mulher pode ser/estar gorda, velha ou feia, sendo todos estes adjetivos determinantes para seu valor social e cujo cerne está voltado para a aparência. Mas um ser humano é mais do que apenas um corpo, uma casca. Uma mulher vai muito mais além do que o tamanho de seus peitos, sua barriga ou pés. Mulher é um ser único e cheio de facetas que não pode e jamais deveria ter sido julgado apenas por seu tamanho.


Publicado aqui

Nota da GorDivah: Gordofobia também é você não ter espaço na sociedade, é ter sua acessibilidade negada, embora seja garantida por lei. É também ter que lidar com espaços públicos que não estão preparados pra nos receber, como se nós não existíssemos. É não caber, literalmente, não ter espaço físico na sociedade, em situações banais do cotidiano, como pegar um ônibus e ter que enfrentar uma roleta que não comporta seu tamanho, que oferece risco de te prender, machucar e colocar em situação de risco, precisando até mesmo de resgate dos bombeiros, é ter que se espremer numa poltrona de cinema porque o estabelecimento está descumprindo a lei e ignorando seus cliente gordos, etc.....





Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Cartazes Contra a Gordofobia


A artista feminista Rachele Cateyes está de saco cheio dos gordofóbicos. Em sua série "Glorifying Obesity" a gata de Oregon expressa o belo foda-se que sente em relação ao que pensam sobre a obesidade.
Refletindo sobre o assédio, as agressões e a vergonha que intimidam pessoas obesas, fazendo-as odiarem seu corpo, Rachele criou ilustrações que descem a letra no preconceito, misturando frases fortes a flores e corações delicados.


Rachele conta para Huffington Post que já foi transformada em memes, que já teve suas imagens roubadas e usadas em anúncios de empresas de dieta, photoshopadas, que já foi ameaçada de estupro e morte, além das constantes perseguições online.

A artista diz também que em muitas das mensagens que chegam a ela é comum pessoas se dizerem preocupadas com a saúde dela.

"Eu sou da opinião de que ser atraente e saudável não determina meu valor. Não importa se você é gordo, se tem problemas de saúde, se come lixo ou se tem uma doença crônica. Você ainda tem o direito de ser tratado de forma justa."

O nome da série, "Glorifying Obesity" (Glorificando a obesidade) é uma alfinetada àqueles que dizem que Rachele esta promovendo a obesidade com suas imagens.

"Se viver minha vida sendo positiva sobre meu corpo é glorificar a obesidade, que assim seja."

Ainda em entrevista para a Huffington Post Rachele conta que observa as mensagens de ódio e assedio associadas à misoginia. Os homens reduzem essas mulheres a baleias e peixes-boi.

"Eles querem dizer o que é bom ou não porque pensam que a opinião deles é a mais importante. Pensam que a única maneira de uma mulher existir é pela aprovação de um homem."

Meu corpo é problema meu.
Clube do queixo duplo.


Gorda pra caralho.


"Eu sou gorda, mas eu não sou... obrigada a me comportar de 'certa forma' pra ser tratada com respeito."


"Eu sou gorda, mas eu não vou... privar a mim mesma, esconder o meu corpo ou me desculpar."


"Sou bem mais gorda na vida real."


"Coxas estrondosas"

"Não existe 'forma errada' de ter um corpo."

"Mentirosa, rabuda, vaca, puta gorda, obesta, baleia da terra, gorda."

"Gorda e de boas com isso."

"Não sou um problema da sua saúde pra você se preocupar."


"Sem vergonha da minha barriga."

"Em tamanho gordo, por favor."


"Pessoas gordas não te devem satisfação."
Tome seu lugar. Coma o que você quiser. Seja de boas. Ostente seus pneus. Fodam-se os haters."

Publicado aqui





Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

TAG Feliz Aniversário - GorDivah No Ar


Respondendo as perguntinhas da TAG Feliz Aniversário que a lindona Cleide me taggeou.
O canal dela: https://www.youtube.com/user/mariacleideroque







Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

7 Coisas Gordofóbicas Que Você Faz e Não Se Dá Conta

Recentemente tivemos o caso de gordofobia pública de uma atriz idosa que tem repulsa por gordas o que provocou diversos tipos de reações e foi realmente difícil ficar online sem ver algo sobre o assunto. E o que ela disse não é diferente do que pessoas gordas já ouviram em algum momento da vida. Mas, esse tipo de episódio de gordofobia nos mostra o quão é necessário educarmos as massas sobre  policiamento corporal.

Uma pessoa magra ou de porte corporal  médio não pode simplesmente virar pra uma pessoa obesa e falar que não existe censura sobre o corpo gordo, policiamento corporal quando existem vários exemplos disso em expressões do dia a dia, mídia e cultura. Gordos são diariamente oprimidos em consultórios médicos única e exclusivamente por conta de seu porte físico. A opressão aos gordos existe e é uma ameaça real e grave à saúde psicológica e bem estar de indivíduos gordos.

O fato é que censurar corpos gordos não vai fazer ninguém emagrecer, e cria um estigma que faz uma mal enorme aos gordos em vez de ajudar em alguma coisa, de acordo com um estudo publicado no jornal científico PLUS ONE. Minha esperança é que a maioria das pessoas esteja tentando se tornar um aliado dos gordos que sofrem policiamento corporal e não intencionalmente tentando machucar indivíduos gordos. Contudo, nós podemos acidentalmente sofrer policiamento corporal, por isso  há a necessidade de repensar a linguagem e ideias que censuram o corpo gordo, que tem sido continuamente plantadas a alimentadas em nossa mente ao longo dos anos desde que nos entendemos por gente.



  1. "Eu aceito perfeitamente que algumas pessoas sejam gordas por causa de alguma condição clínica ou algo assim!"



Antes de mais nada, preste atenção no que está dizendo, pode até parecer que não é algo tão terrível assim de se dizer. Você está dizendo que realmente entende que as razões porque um corpo é gordo, podem ser variadas. Parece certo? Nem tanto. Aceitar de modo seletivo algumas pessoas, baseado no porte de seus corpos é um puta preconceito. Aceitar  e respeitar a existência de gordos não deveria ser condicionado a tireoide deles. A aceitação de gordos deve acontecer sem exceções e ponto



     2. " Você não é gorda! Você é linda!"




Essa declaração é extremamente problemática porque reforça a ideia errada que não é possível ser gorda E bonita, que uma coisa invalida a outra. As pessoas podem ser gordas E bonitas e ponto final!


    3. "Por favor pare de chamar a si mesma de gorda. Não fale assim de si mesma"


É o seguinte: muitas pessoas usam o termo gorda como xingamento. Contudo, muitos gordos estão desconstruindo essa ideia e recuperando o termo como empoderador em vez de algo pejorativo. Você não  pegaria no pé de seu amigo de dois metros e meio de altura se ele se referisse a si mesmo como "alto", certo? Por favor deixe as pessoas livres para se referirem a si mesmas como quiserem e bem entenderem!



     4. " Ugh eu sou tão gorda!"




Tá, pera aê: Eu não acabei de dizer que as pessoas que tudo bem se as pessoas quiserem se referir a si mesmas como gordas se elas quiserem? Sim! SE elas forem de fato gordas. Quando pessoas de tamanho regular que nunca foram marginalizadas por serem gordas decidem adotar a palavra, isso descaracteriza e enfraquece um pouco o poder de uso do termo, por gordos de verdade.

Quando você estiver simplesmente cheio ou se sentindo mais consciente do espaço que seu corpo ocupa, então se expresse. Não transforme corpos gordos em piada ou use as conotações negativas do termo como forma de conseguir validação alheia, elogios para massagear seu ego. Todos nós temos batalhas com nossa imagem corporal ás vezes, mas adotar o termo só porque você acha bonitinho não ajuda ninguém.



     5. "Você tem um rosto tão bonito"



De novo, isso parece até um elogio, certo? Bom, gordos estão mais do que acostumados a serem elogiados pela aparência/beleza de seus rostos e nada mais. Tem sido usado como uma micro-agressão contra todas as pessoas de porte grande. levanta a mão quem já ouviu "Você ficaria tão linda se emagrecesse uns quilinhos. Você tem um rosto tão lindo!" Como assim, o que há de tão errado com o resto do meu corpo?!


     6. "Eu nem acredito que perdi 10 quilos!Me sinto ótima"



Mesmo que você apoie e seja positivo sobre o tamanho do corpo do seu amigo, mesmo que você não esteja falando pra ninguém entrar de dieta, mesmo que você esteja se sentindo positiva sobre sua mudança corporal e perda de peso, o papo sobre dieta é incrivelmente problemática para muitas pessoas gordas, pode ativar gatilhos emocionais horríveis. Nós aturamos durante anos pessoas falando sutilmente que poderíamos perder alguns quilinhos, o que torna difícil aturar qualquer papinho de dieta ás vezes.

Tudo bem se sentir feliz com mudanças em sua vida que te deixam feliz, mas ficar com o papinho de não sei quantos quilos off pode ser prejudicial a saúde mental das pessoas a sua volta. É claro que falar de forma positiva sobre sua mudança corporal e que está feliz com ela poderia até ser legal se o fato de ganhar peso e ficar feliz com isso fosse igualmente aceito socialmente como a perda de peso é. Mas me diz, com que frequência você vê fotos de antes e depois em que o "depois" é um corpo gordo?



     7. "Nossa você vai usar isso? Você é tão corajosa!"




É o seguinte: Nós sabemos que as pessoas, julgam, zombam, jogam piadinhas e xingam os outros por causa da sua aparência física, tipo de corpo, peso. O tempo todo! Se sua amiga ou alguém que você conhece decide sair usando saia curtinha ou vestido coladinho ou uma camisa com  nó na cintura é grande a chance de nós já termos avaliado a reação das pessoas ao nos verem quebrando as regras do mundo plus size e como isso irá nos afetar. Nós sabemos como as pessoas vão reagir e obviamente não nos importamos o suficiente com a opinião da sociedade ao ponto de deixar que isso nos impeça de vestir o que quisermos.


Usar roupa em público não deveria ser considerado um ato de bravura, quanto mais gatas gordas forem capazes de fazer o que quiserem sem que isso se torne um espetáculo, mais comum, normal vai ser a reação das pessoas ao verem gordas fazendo coisas comuns que qualquer pessoa faz.

Estar consciente do que e como você fala com as pessoas gordas que conhece faz com que você pare de policiar e censure menos as pessoas gordas,mas, isso não quer dizer que você não vá pisar na bola de vez em quando. Então se você falar algo gordofóbico, peça desculpas, siga em frente e evite fazer isso de novo no futuro. mas, não esqueça de se desculpar. Isso por si só, irá te separar dos 80% restantes no mundo que não o fazem.



Inspirado e traduzido livremente a partir daqui



Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Vida Em Apuros! E Agora?


Todos nós temos dias ou fases ruins e muitas vezes, alguns relacionamentos nossos tem fases ruins e em alguns momentos pode ser bem difícil tentar separar as coisas e tocar a vida em frente, pode ser difícil reconhecer que o outro precisa de mais espaço, que talvez o outro esteja numa fase ruim e isso não significa necessariamente que o sentimento entre vocês mudou, mas que simplesmente o outro não está bem e tem o seu próprio jeito de lidar com suas questões internas. Ás vezes somos nós que precisamos nos isolar um pouco, seja por precisarmos curar alguma ferida interna, ou para simplesmente nos entendermos com nosso interior, compreendermos como estamos nos sentindo em relação a certas coisas. Eu acredito que ter momentos de silêncio é algo essencial pra lidarmos com o caos em que tentamos não nos afogar diariamente.



Quando também não estamos muito bem fica mais fácil perceber e ceder esse espaço e silêncio pro outro, mas e quando você está simplesmente exultante e vibrando de felicidade porque algumas coisas suas estão indo super bem? Eu não consigo ficar tão feliz assim se quem amo não está muito legal, mas às vezes acontecem coisas tão incríveis que fica difícil você não querer celebrar e isso não quer dizer que o outro não seja importante pra você ou que você não se importe. Relacionamentos são bem simples sabia? Nós é que complicamos tudo com egoísmo e falta de empatia....Conviver seja com quem for é uma arte que se aprende testando e testando e muitas vezes errando. Em alguns momentos pra conviver bem com determinada pessoa você vai precisar aprender a lidar de maneira diferente do que estava acostumada em certas situações e isso não quer dizer que você está mudando pelo outro(e mesmo se estivesse, e daí), mas sim amadurecendo emocionalmente e entendendo que existem várias maneiras de lidar com uma mesma situação. Relacionamentos sobrevivem como vírus, mudando e se adaptando de acordo com a necessidade de sobrevivência e precisam de hospedeiros pra se desenvolver...


Isso vale pra qualquer tipo de relacionamento, seja amoroso ou de outros tipos...Perceber que alguém está se distanciando pode não ser fácil, mas, pior é forçar uma situação que não dá mais pra continuar no momento. Desapegue e dê espaço e deixe rolar. Se você já perguntou se está tudo bem e a resposta parece contrária ao que a convivência mostra, deixe o tempo passar e não sufoque. Pode parecer que o mundo tá acabando, que seu coração não vai aguentar e você vai morrer de tristeza, mas você vai sobreviver aconteça o que acontecer. Respeite e desencane e siga em frente. Amigos de verdade sempre voltam e amores se forem pra ser, sempre recomeçam. Não dá pra desperdiçar energia sofrendo por coisas inevitáveis. Não temos controle sobre certas coisas que acontecem na nossa vida, mas podemos muito bem controlar e nos reeducar pra lidarmos com o caos de sentimentos que às vezes nos domina, esquecer o que for preciso, superar, e simplesmente seguir vivendo mesmo que aos trancos e barrancos. Não recebemos nunca uma carga maior do que podemos carregar ou nada maior que nossa força suporte, somos mais fortes do que imaginamos quando decidimos não nos render.











Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Primeira Heroína Plus Size em HQ's









































A palavra da vez no universo dos quadrinhos é Diversidade.  Cada vez mais querendo que o público se identifique com os personagens, Marvel e DC Comics investem em novidades.

A mais nova criação é Valiant, a primeira super-heroína “plus size” no mercado mainstream de quadrinhos: Faith Herbert, ou Zephyr, personagem que pode voar e levantar objetos, acaba de ganhar uma minissérie.

Faith já havia aparecido no título “Harbinger” e tem um papel importante no universo da Valiant. Antenada com a tecnologia e espirituosa, a personagem faz sucesso com o público feminino e nada mais justo que uma série sobre uma heroína tão “gente-como-a-gente”

Segue uma prévia, do Comic Book Resources, abaixo:






“Faith” conta com os roteiros de Jody Houser (“Orphan Black”) e desenhos de Francis Portela (“Green Lantern”) e Marguerite Sauvage (“DC Bombshells”).

A minissérie terá 4 edições e chega às bancas norte-americanas em janeiro de 2016.


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Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah