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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Carta Aos Gordofóbicos




Caríssimos,

Decidi escrever hoje esta carta para todos que já agiram de modo preconceituoso comigo por conta do meu peso, ou ainda o farão. Eu não os odeio, não lhes desejo mal. Entendo que possam ter percepções errôneas sobre o tipo de trabalho que faço e por isso muitas vezes sintam raiva, medo e não consigam captar a mensagem que tento passar: amor e compaixão, que tento multiplicar no meio desta selva de intolerância em que vivemos. Eu tento estender a mão para as pessoas rumo a felicidade,

Estas linhas são minha maneira de presenteá-los com meu tempo e compaixão, demonstrar que o foco não é atacar ninguém, eu não prego ódio a nenhum biotipo, nem desmereço outros seres humanos por serem diferentes de mim. Tento despertar através do meu trabalho empatia, compaixão, tolerância e amor genuíno, sem distinções. Eu entendo que na sociedade em que vivemos a noção de amor  se perdeu um pouco ao passo que o sentimento de ódio cresceu.

Eu não sei  o que os levou para este caminho de desamor, ataque, raiva, fúria e intolerância extrema. Mas, eu torço que consigam sair dessa atmosfera de preconceito e possam abrir a mente e o coração e enxergar que somos todos seres vivos, com sentimentos, alma, coração, espírito vivendo neste instante no mesmo plano, embora tenhamos diferentes crenças e graus de espiritualidade ou materialismo ou futilidade.

Eu envio a vocês meu amor, minha compaixão, e o pouco de luz que tenho, eu não procuro conflitos, mas sim ajudar a multiplicar paz e reconciliação. Eu tento fazer algo para ajudar, melhorar o mundo, o dia, um instante que seja na vida de pessoas que sofrem preconceito por serem quem são, terem o porte que tem. Meu objetivo é ajudar, estender a mão e espalhar o amor que transborda em mim. Eu não ganho dinheiro com isso, não levo vantagem alguma no trabalho que faço, meu retorno muitas e muitas vezes é: preconceito, agressão gratuita, ataques pessoais, difamação, injúria, dentre tantas outras coisas que não tornam este mundo um lugar melhor. Contudo, de vez em quando eu recebo um "obrigada, você me ajudou", como uma gotinha  de amor pinga  em meio a oceanos de ódio, fúria, intolerância e violência extrema, essa gotinha pra mim faz toda a diferença, é por essa gotinha que eu continuo espalhando o que há de melhor em mim. Eu não conseguiria digerir tanto ódio se não vivesse o que distribuo, pois ninguém pode dar aquilo que não possui. Eu não os odeio, sei que a percepção de vocês é errônea, e esta é a mãe de tanta raiva que vocês carregam e distribuem tanto.

Eu tenho compaixão por vocês, não desejo mal, não estou em guerra contra os magros. não tenho intenção de machucar ninguém, apenas ajudar. Quero usar compaixão e compreensão contra o ódio, intolerância, preconceito, violência e falta de compreensão. Que este amor chegue até vocês, e a alegria, empatia, compaixão, felicidade, bondade amorosa com que realizo este trabalho gratuito em favor de pessoas que sofrem preconceito, perderam o amor próprio, autoestima, autoconfiança possa inundá-los e conduzi-los ao respeito, compreensão e felicidade.








Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah