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sábado, 22 de dezembro de 2018

Voltei de Novo

Oi minhas gordivahs! Eu de novo voltei pro blog, tem sido quase três anos de indas e vindas e a luta contra a chikunguya realmente tem me deixado prostrada por meses, mas hoje eu acordei num dia bom, o que é muito raro, muito raro mesmo. E resolvi trabalhar, produzir, produzir e produzir conteúdo pra vocês.

Eu estou numa batida de trabalho muito acelerada, que tem me levado aos meus limites e muitas vezes até mesmo a ultrapassá-los. Embora desgastante, é muito gratificante ver o quanto sou capaz de produzir, mesmo que isso drene minha energia e eu não consiga tocar meus projetos paralelos. É bom saber que estou voltando a evoluir, mesmo que a passos de formiguinha, ainda que para o ritmo ultra acelerado do Rio de Janeiro pareça nada, como eu sempre costumo ouvir hahaha Para euzinha, esse ser humaninho aqui que vos escreve mesmo com dor, sim, ainda sinto dor, cada conquista, leve melhora, é um baita motivo pra celebrar.

Antes eu me sentia uma múmia, mal conseguia dar 500 passos por dia, hoje eu ando em média 3 a 4 km todo dia, contando todos os passos, já consigo pegar um trem, um metrô, consigo andar por mais de um minuto. Antes eu era um muminha cheia de dor e adesivos analgésicos e térmicos pelo corpo, cheia de dor, encurvada, triste e chorosa.

Agora estou recuperando minha mobilidade até então ultra reduzida, estou correndo atrás do meu condicionamento físico perdido, pois fui obrigada a levar um estilo de vida estritamente sedentário e gente na boa, quem aí é sedentário ao extremo porque quer, como consegue viver assim? Socorro! Odiei, odiei, odiei perder minha facilidade de subir ladeirões, andar horrores. É horrível você não conseguir andar direito, sentir dor, não ter resistência, como vocês conseguem só andar de carro? Faz isso não gente! Essa vida de só andar de Uber não faz bem pro coração nem pro bolso não, se você tem saúde, se você consegue andar, faça uso da sua saúde, saiba que tem gente que daria tudo pra ter a sua capacidade física para sair andando por aí, mas, por motivo de doença não consegue.

Eu queria estar no Hashtag Moda Plus hoje, mas ainda não me recuperei o bastante para encarar o desgaste físico de comparecer a eventos, mas tô animada porque sei que estou mais perto de conferir essa maravilha que mudou o cenário da Moda Gorda carioca.











sábado, 25 de julho de 2015

Dicas Para Ter Amor Próprio - GorDivah Responde




"Adoro adoro seus textos, vídeos, parabéns! Sucesso e boas vibrações pra tu! <3 Você tem dicas para ter amor próprio?"‎  Kathe

Obrigada Kathe <3 Boas vibrações pra você também! tenho várias dicas para ter amor próprio lá no Blog e no canal e página também, depois dá uma olhada lá pra complementar o que vou escrever aqui =)))

Vídeo sobre autoestima e amor próprio:



O primeiro passo é entender e aceitar que o amor próprio como o nome sugere, deve nascer de você e não dos outros, ou seja, se você depende de elogios pra se sentir bem consigo mesma, este é um hábito que deve ser abandonado. Há pessoas que tem vício em curtidas e receber elogios e isso é muito prejudicial para a autoestima a longo prazo.

O segundo passo é olhar pra dentro de si mesma e analisar o seu comportamento, a maneira como você se vê e não a maneira como os outros te vêem, se reconectar consigo mesma, se redescobrir, conhecer melhor quem você é por completo. 

Feito isso você deve descartar a imagem negativa, o preconceito alheio ou próprio com relação a você e seu corpo, que você andou guardando dentro de si mesma, desconstruir esses preconceitos e normas, regras que só colocam pra baixo e não tem fundamento algum. Nesse processo em alguns casos é recomendado o acompanhamento psicológico pois algumas pessoas possuem uma profunda distorção de sua imagem corporal ou até mesmo outros tipos de transtorno.

É um processo que deve ser feito com calma e muita paciência e perseverança pois vai contra praticamente tudo que você aprendeu até hoje. É quase uma desintoxicação, reabilitação pois você vai reaprender algumas coisas que te foram ensinadas de modo deturpado, como a insatisfação eterna com o próprio corpo e conceitos errôneos que na verdade são puro preconceito.

Uma dica interessante de exercício prático que tem funcionado com muitas moças é o uso de recadinhos positivos para si mesma, onde você pode deixar mensagens curtas sobre a maneira positiva de olhar pra si mesma e seu próprio corpo. Você pode escrever num post it pequeno e colocar num espelho que você usa todo dia coisas como: "bom dia linda", "eu amo meu sorriso", "sou feliz por ser quem sou", etc..Você também pode fazer um "diário do corpo positivo" onde se concentrará em uma parte do corpo por vez, escrevendo como se sente em relação a isto, o que deseja conseguir fazer, etc... e assim ir registrando seu progresso. Por exemplo, há pessoas que não usam vestidos ou saias ou calças por N motivos, pra alguém assim eu sugeriria começar a trabalhar a questão usando vestidos com o comprimento cada vez menores de forma gradual, e focar também em tratamento de relaxamento e beleza para essa parte do corpo em especial, como massagens ou uso de cremes e loções, esfoliantes. Assim a pessoa se reaproxima, cria mais intimidade com aquela parte do corpo que não gostava e começa a enxergá-la de forma diferente, com carinho e amor. Muitas vezes as pessoas negligenciam o carinho, mimo com as partes que não gostam. E esse exercício pode ajudar muito nisso, na construção de outra percepção através do tato, enfim, há várias dicas <3


NOTA: Eu teria continuado a escrever se houvesse mais espaço no ask rs






Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Opressão Estética e Você Que Se Acha Gorda Sem Ser


"Não, você não é gorda. E não, isto não é um elogio." É o que gostaria de falar para muitas moças que nos enviam fotos dizendo que são gordas e querem postar suas fotos no álbum de "Curtidoras Gordas" da página . Eu um dia já fui como vocês, pesava 70kg com 1,68, vestia 40/42 e me achava muito gorda, enorme, gorda mesmo. O que eu não sabia na época é que estava me vendo, enxergando meu próprio corpo de forma distorcida, como muitas magras hoje também enxergam. Eu tive esse estalo e inspiração para escrever este texto ao receber as fotos das curtidoras para o álbum da página CanalGorDivah onde colaboro.

E à primeira vista me preocupou muito ver tantas moças com pouco  sobrepeso se achando gordas, mas foi só abrir alguns portais e ver a raiz de tanta distorção ao enxergar a si mesma: a mídia incita mulheres a se enxergarem de forma distorcida, a se depreciarem ao olhar corpos que não parecem capas photoshopadas de celebridades que podem gastar horrores em tratamentos estéticos. A mídia vomita opressão estética na sua cara todo dia, mas entenda que agir com preconceito consigo mesma por causa do corpo que você tem, não é nada legal pra você. E agir de modo gordofóbico com outras pessoas gordas, obesas NÃO ajuda em nada! Não ajuda os outros e nem a você!



Enxergar a si mesma de forma distorcida é tudo que a indústria da beleza e  mídia esperam de você. E também esperam que você vire um fitness fanático e principalmente gordofóbico e opressor da estética alheia. Eu fico impressionada ao ver tanta gente criticando o corpo de outras mulheres, como se todas nós tivéssemos a obrigação de ser clones loiras, magras e saradonas. E criticam celebridades com tanto furor que parece até que as pessoas xingadas comem criancinhas no café da manhã. E daí que a fulana famosa foi à praia e fotografaram celulites, mulheres tem celulites. E daí que a outra foi caminhar e na foto aparecem as estrias dela. Homens também tem estrias gente!



E quando eu achei que já tinha visto de tudo, eis que zapeando vejo uma matéria sobre grávidas que malham pesado no CrossFit com 5 meses de gestação, mulheres que se recusam a tirar fotos deste momento pois não aceitam registrar sua imagem com uma barriga grande, pois se acham "sapas", cara quando eu ouvi uma ex-apresentadora falando isso eu viajei e imaginei a cena: a criancinha  perguntando mamãe por que não tem foto sua comigo na barriga? O que será que essa mãe responderia? E a tal moça já tinha uma filha. Eu juro que fiquei com medo do futuro, que mulheres e homens teremos no futuro? Se nem aceitar barriga de gravidez aceitam mais, quanto mais barriga de gordura!



Eu já sofri opressão estética mas nunca fui gordofóbica com os outros. Nunca fui de ficar policiando a aparência de ninguém, nem de amigos ou namorados. Eu compreendo que isso dói, ser oprimida esteticamente, mas não se compara ao que passo hoje por conta da gordofobia. Não caber na sociedade é diferente de ser apenas criticada por não ter um corpo 0% de gordura. Não tenho intenção de diminuir o sofrimento de alguém mas sim de dar um estalo pra outro ponto de vista. Se você que sofre opressão estética acha isso ruim sem ser gorda/obesa, imagina se além disso você não coubesse em alguns lugares, tivesse acessibilidade negada para ir e vir, se divertir, locomover, realizar exames! Uma coisa é criticarem algumas partes de seu corpo, outra é te atacarem com raiva por você ser gorda e ter dificuldade para fazer coisas simples do dia a dia como passar numa roleta, sentar num banco no transporte público, fazer exames médicos, ser olhada na rua como se fosse uma criatura mítica, etc.

Enfim, por favor, entenda, aceite e repense: opressão estética é uma coisa e gordofobia é outra, mais profunda, ampla, criminosa, preconceito é teoricamente punido por lei nesta "magrocracia" em que vivemos. E digo magrocracia porque na prática não existe democracia para gordos!







Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Carta Aos Gordofóbicos




Caríssimos,

Decidi escrever hoje esta carta para todos que já agiram de modo preconceituoso comigo por conta do meu peso, ou ainda o farão. Eu não os odeio, não lhes desejo mal. Entendo que possam ter percepções errôneas sobre o tipo de trabalho que faço e por isso muitas vezes sintam raiva, medo e não consigam captar a mensagem que tento passar: amor e compaixão, que tento multiplicar no meio desta selva de intolerância em que vivemos. Eu tento estender a mão para as pessoas rumo a felicidade,

Estas linhas são minha maneira de presenteá-los com meu tempo e compaixão, demonstrar que o foco não é atacar ninguém, eu não prego ódio a nenhum biotipo, nem desmereço outros seres humanos por serem diferentes de mim. Tento despertar através do meu trabalho empatia, compaixão, tolerância e amor genuíno, sem distinções. Eu entendo que na sociedade em que vivemos a noção de amor  se perdeu um pouco ao passo que o sentimento de ódio cresceu.

Eu não sei  o que os levou para este caminho de desamor, ataque, raiva, fúria e intolerância extrema. Mas, eu torço que consigam sair dessa atmosfera de preconceito e possam abrir a mente e o coração e enxergar que somos todos seres vivos, com sentimentos, alma, coração, espírito vivendo neste instante no mesmo plano, embora tenhamos diferentes crenças e graus de espiritualidade ou materialismo ou futilidade.

Eu envio a vocês meu amor, minha compaixão, e o pouco de luz que tenho, eu não procuro conflitos, mas sim ajudar a multiplicar paz e reconciliação. Eu tento fazer algo para ajudar, melhorar o mundo, o dia, um instante que seja na vida de pessoas que sofrem preconceito por serem quem são, terem o porte que tem. Meu objetivo é ajudar, estender a mão e espalhar o amor que transborda em mim. Eu não ganho dinheiro com isso, não levo vantagem alguma no trabalho que faço, meu retorno muitas e muitas vezes é: preconceito, agressão gratuita, ataques pessoais, difamação, injúria, dentre tantas outras coisas que não tornam este mundo um lugar melhor. Contudo, de vez em quando eu recebo um "obrigada, você me ajudou", como uma gotinha  de amor pinga  em meio a oceanos de ódio, fúria, intolerância e violência extrema, essa gotinha pra mim faz toda a diferença, é por essa gotinha que eu continuo espalhando o que há de melhor em mim. Eu não conseguiria digerir tanto ódio se não vivesse o que distribuo, pois ninguém pode dar aquilo que não possui. Eu não os odeio, sei que a percepção de vocês é errônea, e esta é a mãe de tanta raiva que vocês carregam e distribuem tanto.

Eu tenho compaixão por vocês, não desejo mal, não estou em guerra contra os magros. não tenho intenção de machucar ninguém, apenas ajudar. Quero usar compaixão e compreensão contra o ódio, intolerância, preconceito, violência e falta de compreensão. Que este amor chegue até vocês, e a alegria, empatia, compaixão, felicidade, bondade amorosa com que realizo este trabalho gratuito em favor de pessoas que sofrem preconceito, perderam o amor próprio, autoestima, autoconfiança possa inundá-los e conduzi-los ao respeito, compreensão e felicidade.








Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Autoestima e Amor Próprio - Desabafo Leitora Kelly


A Kelly nos enviou o seguinte relato:

"Olá ...
Gostaria de compartilhar com você o como essa página me ajudou...
Me chamo Kelly tenho 20 anos, sou casada, 1.60 de altura e 80 kg!!!
Sempre fui gordinha e sempre sofri preconceitos horríveis por isso, quando eu tinha 15 anos passei por uma cirurgia aonde cheguei nos 59 kg .. Magra e feliz, porém sempre muito doente ..
Mantive esse corpo durante uns 3 anos, e depois retornei e engordar .. Chegando em uma fase aonde eu só sabia me olhar no espelho e chorar .. Não me conformava em ter ganhado tanto peso novamente, as pessoas me olhavam com cara de "dó".
E assim foi minha vida durante 2 anos, chorar e me culpar por ter estragado a minha cirurgia...
Meu casamento não ia bem pois eu me sentia a pessoa mais infeliz do mundo. Meu esposo nunca reclamou, muito pelo contrario sempre me dizia que eu era linda e me amava muito ..
Não conseguia emagrecer e nem praticar exercícios .. Até que um dia meu esposo chegou e me disse: "Eu não aguento mais te ver assim, VC tem que se amar e se aceitar."
Até que um dia conheci essa página e muitas outras que ajudavam mulheres gordinhas a se aceitarem e se amarem como realmente são, sem ter que seguir o padrão que a sociedade impõe.
Acompanho cada página todos os dias, e hoje só eu e meu marido sabemos o quanto sou feliz e me sinto cada dia mais linda e confortável com meu peso!!!
Antes as pessoas me encontravam na rua e diziam: Nossa como VC ta diferente .. E eu logo retrucava: Éh, to gorda né .. E passa o dia chorando.
Hoje quando alguém diz que estou diferente já logo respondo: Viu como estou linda?!!
E mesmo assim alguém insiste em dizer: Mas VC engordou heim .. Bom, pra mim HOJE isso é um elogio!!!
Só queria dizer que graças a vcs e mais páginas que acompanho me sinto a pessoa mais linda do mundo, minha auto estima é perfeita e meu casamento está uma beleza hahahahahaaa ..
E o melhor, não precisei emagrecer pra isso e fazer o gosto da sociedade, precisei apenas me aceitar e ver que minha beleza vai muito além de um corpo magro e um manequim 38!!!"

Este foi o desabafo da Kelly. Para enviar o seu é só escrever um desabafo e nos enviar por inbox, se quiser, envie também a sua foto ;)





Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Gorda E Feliz



Algumas pessoas tendem a pensar que  é impossível estar gorda e ser feliz. Como se minha relação com a gravidade da Terra determinasse se tenho ou não o direito de ser contente comigo mesma. Não sei se é a minha personalidade, temperamento desde  que me  entendo por gente, essa tendência que tenho de não me importar com o que todos estão fazendo ou usando ou pensando, regras de moda, padrões da sociedade, regras e regras e regras. Pelo que minha família me conta eu sempre fui meio diferente das outras crianças, minha mente sempre funcionou diferente e com uma certa frequência consigo prever atitudes, enxergar mentiras na hora e contestar o que penso estar errado. Eu era daquele tipo de criança que debatia com adultos quando achava que eles estavam errados ou me criticavam e ao meu ver, eu não deveria ser criticado por aquele adulto. Exemplo clássico: o pai de um menino extremamente mimado e mal educado virava pra mim e falava, não pode subir no muro e ficar pulando dele(essa proibição sequer existia oficialmente), eu respondia: Ô seu fulano, em vez de tomar conta de mim, que tal educar seu próprio filho que é muito mal educado hein? Kkkkkkkkkk

Aí eu ouvia, vou fazer queixa de você pro seu pai, eu respondia, pode ir lá o senhor é nosso vizinho, é só bater na porta ao lado e falar com ele, mas garanto que o senhor vai perder seu tempo, pois não fiz nem falei nada de errado e meu pai vai falar o mesmo pro senhor. Minha mãe ficava louca com tantas queixas contra mim, meu pai achava graça quando eu agia certo mas me  repreendia verbalmente e me obrigava a me desculpar quando eu estava errada, na visão dele. Embora muitas vezes eu não concordasse em pedir desculpas quando achava que estava certa, eu debatia com ele e soltava, só vou fazer porque você tá mandando, mas que isso tá errado, está. Menina abusada, cheia de atitudes e opiniões desde cedo, que lia na 5ª série e escrevia na agenda poemas de Augusto dos Anjos e ficava fascinada com os versos " o beijo é a véspera do escarro", amava Machado de Assis e era apaixonada pelo Elvis e o bom rock and roll e blues...

O maior preconceito que devemos vencer é o nosso em relação à nós mesmos, sempre falo isso, e a opinião que conta mesmo de verdade no final das contas, é a nossa, o corpo é nosso, a vida é nossa e o futuro e escolhas também! Pare de olhar tanto para os outros e preste mais atenção em si mesma, se redescubra, se conheça mais, se reaproxime de quem você realmente é e não adote a imagem que fazem de você como uma verdade universal, absoluta e imutável! Não é porque a sociedade não te valoriza que você vai operar no mesmo câmbio que ela! você tem valor sim! É linda, única e especial como uma flor que acabou de desabrochar, não importa se é uma tulipa, rosa, ou margarida, você é como uma flor, maravilhosa!  E nunca mais haverá outra RIGOROSAMENTE  igual a você! Não é porque  a maioria prefere rosas que as gérberas não tem encanto. Chega de se enxergar como matinho! Desabroche! Dê um colorido nesse mundo rasa e cinzento com suas pétalas, cores e perfume!

Desabroche!Desabroche!Desabroche!


E crescendo apesar de todas as críticas e família meio distante emocionalmente, embora a maioria morando no mesmo estado, a tendência foi cada vez menos me importar ou buscar aprovação de outros, até que chegou a adolescência. Mas antes da adolescência, eu reagia quando me chamavam de gorda, bolo fofo, mônica, etc....Aquilo me deixava revoltada demais! Ainda mais por pequenas coisas, mas que na vida de uma criança faz a diferença. Eu não ganhava ovos de páscoa de tios ou primos, ganhei um pequeno uma vez da negeubauer(coisa horrorosa), e ouvia que eu não ganhava chocolate porque era gorda....E daí que eu era gorda!? Eu antes de ser gorda era uma criança que só queria ser lembrada pelos tios e tias na páscoa, mas se eles não lembravam nem direito da mãe deles que morava conosco, quanto mais de mim...Acho que isso influenciou e muito a minha vontade de ser independente emocionalmente dos outros, não buscar validação de ninguém, chego a lembrar de uma fase obscura em que eu odiava as pessoas, e as ignorava completamente. Aí quando conheci a meditação eu desapeguei do ódio e passei simplesmente a não me importar mais com as regras que o mundo ao redor vomitava sobre meu corpo, minha casca. Comecei a praticar o desapego e enxergar opiniões negativas e preconceituosas, xingamentos como lixo que precisava ser peneirado, reciclado e não guardado  para apodrecer dentro de mim. Eu aprendi muito cedo que as pessoas sempre nos decepcionam e mentem em algum momento e que isso não deveria me abalar tanto, pois fugir disso seria inútil  já que aconteceria de qualquer jeito, ali aceitei que o sofrimento faz parte da vida e que se eu não posso mudar a causa dele devo mudar minha postura, maneira de lidar com ele. E cheguei a essa conclusão deitada olhando pras nuvens correndo no céu de uma tarde azul....eu era apaixonada por medicina e fascinada pelo funcionamento do universo e mundo ao meu redor. E deitada olhando as nuvens e como o vento as moldava pensei, engraçado, a primeira coisa que fazemos na vida é chorar...acho que nossa primeira lição é que a dor faz parte da vida...e é claro que fui perguntar ao meu pai porque os bebês choravam ao nascer já que a palmada não era forte assim pra chorarem tanto, aí aprendi sobre pressão interna e externa, etc.....


Sei que cada um tem sua história e temperamento, personalidade, grau de carência, mas com tudo isso que contei sobre uma pequena parte da minha vida, quis mostrar que tudo na vida é uma questão de escolha. Você pode escolher engolir o preconceito da sociedade por ser gorda e deixar esse lixo apodrecer dentro de você ou você pode escolher rever seus próprios conceitos e imagem corporal que você construiu ao longo de sua vida. Imagem corporal negativa não é exclusividade de gordinhas, e muito menos de mulheres viu. Engana-se quem pensa que os magros não são inseguros também com relação a imagem e percepção que têm de si mesmos. Autoestima problemática não deve ser nunca negligenciada, em alguns casos você vai precisar de auxílio de um psicólogo, terapeuta, ás vezes até de medicação para te auxiliar a tratar essas questões internas.

Acho muito importante abordar esta questão pois infelizmente nossa sociedade vende emagrecimento e embelezamento como a cura de todos os males e isso é um engano. Não adianta simplesmente emagrecer ou fazer um tratamento estético para automaticamente obter uma autoestima saudável. Isso não mudará suas questões internas que necessitam serem resolvidas. Você pode mudar sua casca, melhorar seu condicionamento físico, melhorar sua saúde física, mas e a emocional, psicológica? Como fica? Um indivíduo não vive bem apenas saudável fisicamente.Independente de você querer ou precisar de fato emagrecer, seu interior não deve ser negligenciado, caso contrário você será como a maior parte de nossa sociedade: eternamente insatisfeita e insegura consigo mesma.




Há pessoas magras e infelizes, felizes também, e há pessoas gordas e felizes, e também há gordos infelizes, tudo é uma questão de escolha e foco. Eu escolho e foco na felicidade, não uso meu corpo como desculpa, estar gorda não é uma desculpa para ser sedentária, deixar de se amar, cuidar do corpo com amor e carinho. Estar gorda não é vergonhoso, não dá direito a ninguém de se intrometer na minha vida, me atacar verbalmente com termos pejorativos relacionados ao meu porte físico, estar gorda não me obriga a ser vaca de presépio pra sociedade, não vou abaixar a cabeça pro preconceito, não vou me envergonhar por ser quem sou hoje, pelo número do meu manequim ou dígitos que a balança registra. A opinião mais importante de todas sobre meu corpo é a minha! Se você duvida ou não que eu amo cada dobrinha minha, meus coxões, batata da perna gorda, busto tamanho 54/56, isso não muda NADA, não diminui meu amor por mim mesma, não altera a forma como vejo a minha beleza. Eu me vejo e sinto bela, eu amo meu corpo, adoro mimá-lo e testar os limites dele com atividades físicas. O ser humano é capaz de coisas incríveis quando ele elimina da sua vida  pensamentos como:  "eu não sou capaz", "eu não consigo", "pobre de mim", "ai o que os outros vão pensar?", "ai me chamam de gorda" ou qualquer outro tipo de pensamento que te limite.










Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Desabafo Queen Size da Leitora - Autoestima - Elaine Amâncio


"Esta manhã olhei-me no espelho e um dos atributos que não encontrei em mim foi a modéstia. Vi uma mulher linda, com sorriso de menina e olhar sedutor que exalava sensualidade por todos os poros. Vi algumas imperfeições aos padrões de beleza instituídos por uma sociedade hipócrita que valoriza o físico perfeito e o caráter podre, mas isso já não me afeta. Hoje estou me sentindo atraente, linda, sexy. Amanhã, amanhã posso mudar de ideia, de verdade, de humor. Mas só por hoje vou me sentir assim capaz de causar um terremoto com um simples olhar e um tsunami com um beijo. Ahhh, a tal modéstia que não encontrei, devo tê-la arremessado pela janela. A quem possa interessar, fique com ela. Já não a quero mais. Ela não me pertence e eu já não pertenço a ela. "


Por Elaine Amâncio


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Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Gorda E Linda - GorDivah No Ar 17





Sim, isso mesmo que você leu, gorda E linda!! Embora muitas pessoas digam que não é possível ser gorda e linda e saudável, eu digo que é possível sim!
Pessoas que são insatisfeitas consigo mesmas estão sempre tentando colocar as demais para baixo. Como uma nova espécie de vampiro que se alimenta de baixa autoestima. Abater o ânimo de gordinhxs deixa o ego deles mais forte, mais arrogante. Eles precisam menosprezar, destratar alguém para se sentirem bem, pois são vazios e infelizes.
São pessoas rasas, fúteis e doentes emocionalmente e talvez, até mesmo psicologicamente instáveis. Eles odeiam ver gordxs felizes, amados e de bem com a vida, confortáveis na própria pele.
Não permitam que essas vibrações ruins atinjam ou abatam vocês. Vocês são lindxs exatamente como são!!

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Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Avaliação Médica Gratuita? Não Obrigada



Ouvir você me falando para comer ou não isso ou aquilo não me emagrece, não queima as minhas calorias, mas torra a minha paciência....


E outra, a vida é minha, o corpo é meu e eu não te dei liberdade para tomar conta da minha vida e nem preciso que você tome decisões por mim, sou gorda, obesa, mas não sou incapaz de pensar e tomar minhas próprias decisões. Consigo fazer mais movimentos e exercícios e tenho mais saúde que você, apesar de seu corpo ser magro e nem por isso fico te regulando, certo?
Ah e mais uma coisa:


E se insistir em ficar me ditando regras vou te denunciar ao Conselho de Medicina por exercício ilegal da profissão mua rá rá rá rá
Ou talvez eu te passe um link com as notícias sobre os próximos concursos públicos para o Inmetro, já que insiste em me tratar como um produto que precisa ser regulamentado e precisa de um selo de aprovação seu! Deve ser frustrante ouvir isto, mas: eu não preciso da aprovação de ninguém mais, somente da minha. não preciso da sua validação. 

Estar gorda não me torna obrigatoriamente num ser carente desesperado por migalhas de atenção que precisa da validação alheia, que necessitar se auto afirmar assim como depende do oxigênio pra viver. Estar gorda, aliás, obesa, não é o fim do mundo para mim. Precisei talvez pesquisar um pouco mais sobre lojas que tendam o público gordo e dicas de moda sobre ajustes de roupa, mas cá estou eu, empregada, bem vestida, me amando loucamente, cada vez mais a cada dia e sendo amada ao longo da minha vida ás vezes por idiotas, às vezes por caras especiais, como qualquer outra mulher.

Eu não sou de uma raça de cachorro ou um clone de uma matriz para você afirmar que sou ou serei assim ou assado. E mesmo cachorros da mesma raça muitas vezes tem comportamentos, temperamentos, preferências diferentes!!! Afirmar categoricamente que todo gordo é doente é tão simplista e ignorante quanto afirmar que todo magro é saudável. Cada um tem seu histórico, hábitos de vida, vícios ou não, grau de atividade ou sedentarismo e pré disposição genética e influência de um ambiente, atmosfera específica. 

É extremamente desagradável, deselegante se intrometer na vida dos outros e julgar e ditar regras, vomitar preconceito disfarçado de carinho e preocupação, ou ás vezes até amizade. Eu não me meto na vida de ninguém, acredito que todos devem ser livres para fazer suas escolhas, amo demais minha liberdade e meu espaço, ideias e opiniões. Vivemos numa democracia ou não? Até o presente momento não é ilegal ser gordo, mas exercer medicina ilegalmente é. E praticar gordofobia é crime contra a honra, previsto no código penal(Artigo 140- Decreto Lei 2848/40).









Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sábado, 11 de abril de 2015

Desabafo Queen Size da Leitora - Insegurança


No desabafo de hoje, a leitora pediu anonimato. Vamos ler e quem sabe, de repente, podemos até ajudar um pouco. Alguém aí já passou pelo que ela está passando?
Se quiser enviar o seu desabafo é só entrar em contato pelo inbox da página do Blog GorDivah e botar a boca no trombone. Seu desabafo será publicado no álbum Desabafo Queen Size.

"Meu desabafo :
Bom faz algum tempo que me sinto assim em relação a mim mesma, ando sempre insegura, me achando feia, mesmo quando as pessoas me elogiam acho que estão mentindo, sempre que encontro alguém que gosta de mim como eu sou eu sempre dou um jeito de estragar tudo porque acho que os caras só querem transar comigo e nunca vão me levar a sério, por esse meu jeito de ser já magoei pessoas que realmente gostavam de mim e que quando quis concertar as coisas já era tarde demais, já fiz dietas e já sofri de bulimia, tentava emagrecer pra os outros e não pra mim, meus país e amigos sempre me acharam bonita porém eu não, buscava elogio em homens, quando encontrava um já estava conversando com outro porque tinha medo de ficar só, hoje melhorei muito mas ainda tenho esse medo de ficar sozinha e sou insegura ainda, sempre acho que as pessoas me olham com desdém, eu To conhecendo uma pessoa que está me fazendo bem e gosta de mim como eu sou porém não quero magoá-lo, sinto que ele pode me deixar pela minha insegurança e fico procurando motivos de ciúmes pra gente brigar  já não sei o que faço pra mudar e me aceitar, pois eu sei que me amo como sou mas sempre me importo com o que os outros pensam."






Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sábado, 14 de março de 2015

Hje fiquei muito triste, pois uma pessoa que gosto muito me chamou de obesa - GorDivah Responde


Hje fiquei muito triste, pois uma pessoa que gosto muito me chamou de obesa, eu não respondi nada, mas me magoei, sou gordinha e me sinto bem assim, só queria ser mais feliz, o que vc diria pra mim??

Eu sei que tudo depende da entonação e do contexto, mas, se você é gordinha e se sente bem assim, não tem porquê ficar chateada com "obesa"
Talvez a pessoa não tenha falado com a intenção de te machucar, talvez sim, não temos como saber isto, mas, acho que isso mostra que você precisa trabalhar mais essa questão interna. Se a pessoa tivesse te chamado de gordinha, você se sentiria diferente? Acho que você deve continuar desconstruindo a imagem negativa que você associa aos termos obeso ou gordo ou similares.
Me chamou atenção você dizer que queria ser mais feliz, meu anjo, felicidade não tem a ver com peso ou viver num mundo perfeito mas sim, com a maneira com que você lida com o que acontece com você e à sua volta.
Eu diria que estou à sua disposição para conversarmos mais no inbox  facebook.com/GorDivah e que precisamos turbinar seu amor próprio, levantar os escudos defletores e entender que pessoas rasas tem mente pequena e sempre vão tentar usar a aparência e coisas superficiais para atingir os outros e detonar a autoestima alheia.
A palavra gordo não deveria ferir tanto, mas infelizmente somos condicionadas desde pequenas a nos machucarmos com ela, peso é só o resultado da interação da gravidade em sua massa corporal, gorda, gordinha, fofinha, queen size, plus size, majestosa, obesa, são apenas palavras que não te definem e nem te desmerecem. Se referem apenas a uma característica física e você é muito muito muito mais que dígitos numa balança, medidas numa fita métrica ou opinião dos outros sobre seu porte físico.

Assista meu novo vídeo:








Beijões Queen Size,
Claudia Rocha GorDivah 

sábado, 3 de janeiro de 2015

Baixa Autoestima e Emagrecimento - GorDivah Responde


Olá Gordivas! Hoje trago  mais um vídeo da TAG GorDivah Responde em que respondo no vídeo uma pergunta que recebi no meu ASK, sobre autoestima, mídia e emagrecimento. A pergunta foi:

Kcal, sempre que vejo aquelas matérias da globo.com com mulheres lindas e corpos esculturais, e aquelas gordinhas que perderam não sei quantos kilos em 5 meses choro muito e me sinto uma horrorosa. Sou muito preguiçosa ja tentei malhar diversas vezes, o que eu faço para emagrecer? N aguento mais









Beijões Queen Size,

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A Rainha Que Existe Em Você



Chega de viver como plebéia!! Deixe correr seu sangue azul. Você é uma Rainha  e merece ser tratada como uma. Pra que aceitar migalhas como uma indigente?! Não se sujeite a isso! Não fique tentando transformar mendigos no seu Rei. Não espere alguém dizer que você é linda e tem valor! Pare de ficar esperando e inventando desculpas para não se amar. Chega de brincar de menininha princesinha! Descubra a Rainha que existe aí dentro de você e a liberte dos grilhões do preconceito, do calabouço do trauma e dos grilhões da depressão.

Acorda mulher! Até quando você vai ficar plantada na janelinha da torre do castelo onde você se permitiu aprisionar? Cada dia é uma dádiva! Caminhe rumo ao horizonte reeescrevendo sua história e se reiventando a cada dia. Você é tão bela e nem faz idéia disso.

Gordura não é feiura. Falta de amor por si mesma sim. Ausência de confiança em quem somos nos enfeia mesmo. E com o tempo acaba com a saúde dos seus relacionamentos. Te deixa insegura, deprimida, sem ânimo, triste, streessada e a lista continua. E nem adianta falar que é muito difícil e por isso você não tenta até conseguir. Tudo é muito complicado na vida até que você se empenhe e se comprometa consigo mesma a não desistir.

Não fique esperando uma fada madrinha que nunca virá, um príncipe encantado que porá fim ao seu sofrimento. Mude você o seu próprio destino. Construa seu final feliz a cada dia. É fácil? Nãoooooo! Mas e daí? Só por isso não vou tentar? Por ser difícil devo me conformar em ser infeliz até morrer? De jeito nenhum! Falo como uma pessoa que já enfrentou anorexia e bulimia, ficou magra achando que assim seria feliz, amada, aceita e realizada pra sempre, só que não rolou pois meu interior era o mesmo, continuava ávida por aceitação...mas acordei à tempo e evitei um casamento infeliz. Ficar magra não me fez feliz pra sempre no amor, não me fez mais realizada, amada, não me consertou por dentro.

Eu sou super obesa, a medicina diz que tenho obesidade Mórbida, não sou casada, não tenho filhos, tenho 34 anos e não existe no momento em minha vida, aliás, no mundo real não conheci um homem de verdade que me amasse nessa fase de obesidade. Mas isso não é motivo para eu me fechar em uma caixa de chumbo, amarrar uma âncora e me jogar no fundo do mar para morrer! Ou acreditar em qualquer fã virtual de gordinhas que não se assume no mundo real e não namora gorduchas offline...


Eu sei que em algum reinado por aí existe alguém de verdade, que me transborda e me amará exatamente como sou, mas enquanto o encontro com o meu rei não rola eu vou me amando, cuidando, mimando, embelezando pois antes de sermos amadas precisamos nos amar e cuidar. Até lá vou mantendo meu tratamento de Rainha e vou ostentar minha coroa, linda, até o fim.

Sei que vou continuar escutando diariamente que gordo é feio, que meu rosto é lindo, pessoas bancando minha nutricionista, brincadeiras pejorativas sobre gordos, ver gente babando ou tratando uma mulher bem só por ela ser magra e bonita, vou continuar sendo invisível para algumas pessoas enquanto outras me olham com nojo e desdém, sei que cada dia lutarei contra um mundo cheio de pessoas preconceituosas que odeiam gordos, mas eu também sei quem eu sou e conheço meu valor! A idéia que o mundo faz de mim não determina quem eu sou ou o que, quem eu mereço na minha vida!

God save the chubby Queen!