quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Luz Dos Olhos


Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dona dos meus olhos é você
Avião no ar
Um dia pra esses olhos sem te ver
É como chão no mar
Liga o rádio à pilha, a Tv
Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora...
Pois meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros pra poder
Melhor te enxergar
Luz dos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A sua boca na minha...
Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a lua irradia a glória
E eu te chamo, eu te peço:
Vem!
Diga que você me quer
Porque eu te quero também!
Passo as tardes pensando
Faço as pazes tentando
Te telefonar Cartazes te procurando Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Pra eu te dar a mão nessa hora
Levar as malas pro fusca lá fora....
E eu vou guiando
Eu te espero, vem...
Diga que você me quer
Porque eu te quero também

E eu te amo!

E eu berro:

Vem!

Grita que você me quer

Porque eu te quero também!

Hei!

Hei













Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
Snap: gordivah

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Rimas


Ontem - quando, soberba, escarnecias
Dessa minha paixão - louca - suprema
E no teu lábio, essa rósea algema,
A minha vida - gélida - prendias...

Eu meditava em loucas utopias, 
Tentava resolver grave problema...
Como engastar tua alma num poema? 
E eu não chorava quando tu te rias...

Hoje, que vivo desse amor ansioso
E és minha - és minha, extraordinária sorte, 
Hoje eu sou triste sendo tão ditoso!

E tremo e choro - pressentindo - forte, 
Vibrar, dentro em meu peito, fervoroso, 
Esse excesso de vida - que é a morte...

- Euclides da Cunha -







Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
Snap: gordivah

sábado, 2 de setembro de 2017

Machucada

Eu vou te desapontar, te machucar, te incomodar me conectar e desconectar como se fosse a coisa mais fácil do mundo.
Esconderei meus escombros e inundações com um sorriso de Coringa no rosto.
Vamos seguir livres e selvagens por um curto tempo na estrada, até que eu destrua tudo que você admirava e enxergava em mim.
A dor é a única coisa real que nós temos, tão forte, presente, quase tangível na ponta de meus doloridos dedos.
Embora eu não consiga sentir mais nada, a dor é a única realidade que me restou, como um eterno pesadelo que nunca me permite acordar.
Eu vou te decepcionar, magoar, irritar e um dia você irá embora por outra porta e eu continuarei no meu trono de esqueletos esquecidos no meu império de névoas. 
Foi nisto que me transformei, na dor que sinto tão profundamente no meu físico, mente, psicológico e coração. 
As dores incapacitantes me cuspiram numa ilha deserta onde vivo, digo, sobrevivo cada dia desejando que seja o último enfim, mas não adianta, o amanhã sempre chega pra meu desapontamento.
Todo mundo tem um limite e eu já atingi todos os meus limites, eu tô tão quebrada, destruída que não reconheço mais quem eram meus conhecidos ou doces amigos, eles poderiam ter tido tudo de mim, mas todos desvanecem no tempo.
A tentação de entrar no modo invisível, todo dia me ganha mais um pouco, a vontade de ir embora já é mais forte que tudo, vontade de largar tudo pra lá e seguir sem rumo até o fim dos caminhos que eu conseguir trilhar ou mergulhar na sepultura aberta que já me aguarda.
Nada mais faz sentido, nenhum pensamento, nada.
Eu só queria dormir e ficar por lá mesmo, sem voltar...preciso me deitar, o chão está sumindo e o mundo parece valsar comigo, desabo na cama, mas continuo em queda livre, tudo rodopia...







Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
Snap: gordivah