quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Amiga Morta



Ela morreu, ele não lamentou, tão pouco se importou, ele a baniu pra sempre quando ela errou pela segunda vez, humilhou desprezou e agiu com crueldade, ela tentou  resistir bravamente mas não via sentido em permanecer onde não é querida. Tudo que  ela havia feito de bom, representado um dia, havia desaparecido, murchado, secado, todos os bons e marcantes  momentos desapareceram...Só o erro permaneceu, o erro que a matou. No final tudo se resumiu ao erro estúpido e infantil que cometeu. Ele não a confrontou sobre o erro, foi buscar conselhos em outro ombro, e uma terceira amiga dele  a atacaria e baniria....
Só os erros dela foram vistos, só ela foi acusada, julgada, condenada, punida e morta.

Devem permanecer como perfeitos estranhos, mortos, separados pra sempre por toda uma existência porque ninguém ganha quando todos estão perdendo. Sem memorial ou lápide pra receber flores murchas, enterrada como indigente, como uma desconhecida. Rejeitada, exposta, caluniada, condenada, culpada....e sua ausência nunca mais será notada, porque ela nunca significou nada, não deixará saudade, nem lembranças. Ela simplesmente desvaneceu com o vento e se foi sem deixar rastros ou perfume. Nem mesmo a marca de seu coração generoso ficou como lembrança. Ela não existe mais, não tem mais importância, não vive nas memórias, foi simplesmente varrida como lixo, apagada como giz na calçada  pela chuva fria.

Ela morreu e não, ninguém se importou, ninguém lembrou das coisas boas que ela fez, ninguém a defendeu, e foi assim que um dos corações mais generosos que conheci morreu e minha fé na humanidade desapareceu pra sempre.










Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
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